pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: O grupo Hezbollah entra no conflito entre Israel e Hamas.
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quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Editorial: O grupo Hezbollah entra no conflito entre Israel e Hamas.



Oficialmente, o Estado de Israel ainda não admite a entrada do grupo Hezbollah no conflito, embora as sirenas estejam soando no norte do país, alertando a população sobre eventuais ataques. Em situações de guerra é sempre prudente tomar alguns cuidados com as narrativas, por razões óbvias. Por outro lado, já não se pode confiar na inteligência do Estado judeu como antes. O fato é que, para os analistas do conflito, não resta mais quaisquer dúvida sobre a entrada do grupo Hezbollah no conflito, atuando a partir de bases no Líbano ou na fronteira da Síria. E o que isso signifca, afinal? 

Israel tem o maior e mais bem preparado exército do Oriente Médio, mas as coisas tendem a se complicar a partir deste momento. O grupo Hezbollah é bem mais preparado e armado do que o grupo Hamas. Um exército treinado sistematicamente para enfrentar o inimigo sionista. De imediato, Israel enfrenta dois problemas: a incursão por terra, através da Faixa de Gaza - operação de alto risco, embora cada vez mais necessária - em razão das escaramuças preparadas pelo grupo Hamas e as dificuldades apresentadas pelo próprio solo, um estreito onde os flancos tornam o terreno vulnerável, facilitando os ataques dos adversários. E, agora, a necessidade de defender o lado norte, impondo-se o ataque sistemático às posições do Hezbollah no Líbano - ou na Síria, o que seria pior - o que pode significar uma carnificina de civis inocentes mortos nesses ataques.

Diante das circunstâncias, os alvos preferenciais tornam-se uma escolha difícil. Outro grande problema diz respeito aos reféns, comprovadamente admitidos. O Hamas promete executá-los, caso não cessem os ataques a civis no Líbano. Nem na guerra dos Seis Dias Israel enfrentou um conflito com tamanha complexidade. Pegos de surpresa pelos ataques, eles ainda estão "aturdidos", à procura de Moshe Dayan, aquele general do tapão no olho.    

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