terça-feira, 13 de junho de 2023
Publisher: Luiza Trajano: There will be a lot of broken people
In the past, the objective of the socialists was the storming of the Bastille. In current times, without a doubt, the objective would be to take the Central Bank by storm, although it was not known very well what they would do once they were inside. The central banks function, today, as an impregnable fortress of the interests of capital, hence the symbolism proposed by the English Marxist geographer, David Harvey, when discussing the changes in the capitalist mode of production in the present day.
Pedagogical and consistent, Harvey warns about what it would be like, nowadays, to build an alternative to capitalism. If we remove the iPhone and computers, for example, it would not be surprising if people asked for the regime to return. In fact, the interest charged by the Central Bank strangles some sectors of the economy, as suggested by businesswoman Luíza Trajano, in a recent event, in the presence of the Central Bank of Brazil, Campos Neto: "There will be a lot of people broke".
As the Bank has autonomy, the Lula Government's negotiations in the sense of proposing the fall of these interest rates, which favor, above all, speculative capital, became useless. At an average of over 13%, the Central Bank's interest rates are one of the highest in the world, creating problems for some sectors of the economy. In this sense, proceeds the warning of businesswoman Luíza Trajano.
Editorial: Luíza Trajano: "Vai ter muita gente quebrada".
Editorial: Segundo Lira, indefinição de Lula sobre reeleição atrapalha o Governo.

Curiosamente, hoje um dos nomes mais desgastados da constelação lulista é o um dos principais competidores pela disputa da unção do morubixaba petista. O Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, fez um comentário tratando deste assunto, seguindo a mesma linha de raciocício, mas, certamente, movido por interesses distintos. Não acreditamos que ele esteja preocupado com o êxito do Governo Lula. É mais sensato acreditar que tal informação seja muito útil,sim, para os planos da oposição para as próximas eleições presidenciais.Uma coisa seria concorrer com Lula. Outra, bem diferente, seria concorrer com um preposto indicado por ele.
Num clima muito tenso, Lula precisa tomar algums decisões sobre mudanças em seu ministério, antes de votações importantes, onde o Governo precisa contar com os votos do União Brasil. Os problemas de articulação se avolumam e não estão relacionados unicamente a tal indefinição de Lula, embora ela pudesse ajudar, como sugere Arthur Lira. O Presidente Nacional do União Brasil, Luciano Bivar, terá uma conversa com Lula para a definição de nomes - e principalmente conduta - do partido durante essas próximas votações. Na realidade, eles colocaram uma faca no pescoço de Lula.
segunda-feira, 12 de junho de 2023
Editorial: O impasse da demissão de Daniela Carneiro do Ministério do Turismo.
A cabeça de Daniela Carneiro, Ministra do Turismo, já foi solicitada a Lula pelos caciques do União Brasil. A indisposição do partido com ela, em alguns sentidos, parece ser ainda maior do que com o maranhense Juscelino Filho, Ministro das Comunicações outro ministro lastreado pela legenda. Lastreado em termos, uma vez que ele não exerce a menor influência sobre o comportamento dos parlamentares da legenda durante as votações no Congresso. Daniela Carneiro sugere que pretende mudar de partido, mas isso ainda não se materializou.
Tampouco se sabe se os caciques dessa nova legenda bancariam sua permanência do cargo, uma vez que, provavelmente, eles teriam outros nomes a indicar para compor o Governo. Lula terá um encontro com o esposo de Daniela Carneiro, Waguinho, prefeito de Belford Roxo, município da baixada fluminense, um dos poucos onde o petista encontrou apoio político nas últimas eleições. Um apoio que ficou muito caro a Waguinho, segundo ele confidenciou em entrevista à bancada da Globo News, em entrevista recente.
Segundo comenta-se nos escaninhos, Lula está disposto a oferecer algumas compensações a Waguinho, mas daí a ele ficar satisfeito é outra conversa. Os caciques nacionais da legenda desejam o afastamento de Daniela da Esplanada dos Ministérios, mas o PT do Rio de Janeiro acaba de emitir uma nota sugerindo que ela permaneça no cargo, abrindo mais uma frente de dificuldades na definição desse impasse.
Editorial: Nesta semana, as CPI's retomam os trabalhos.
O empresário Tony Garcia já andou sugerindo a criação de uma CPI sobre a Operação Lava Jato. Os fatos que vieram a público sobre os estertores da República de Curitiba sugerem,sim, uma CPI. O problema é que já estamos numa inflação de CPI's, algumas delas até menos relevantes do que uma eventual CPI sobre a Lava Jato, mas já foram devidamente homologadas. Fica a dica e a sugestão do ex-delator, que trouxe informações importantes sobre a sua trágica experiência com os artífices daquela operação. Como se sabe, existem outras denúncias bombásticas, conforme observação do próprio Ministro dos Direitos Humanos do Governo Lula, que seria bom que fossem passadas a limpo.
Por enquanto, as CPI's mais quentes são a do MST e a dos atos golpistas do dia 08 de janeiro. A do MST está hegemonizada pela bancada ruralista e da bala ou segurança pública. Delegados, generais, tenentes-coronéis, capitães são comuns no recinto. Não à toa, brincamos sempre por aqui que convém, além da pipoca, reservar um colete à prova de balas, pois as discussões são acirradas. Não perderia por nada a presença do líder dos sem-terra, João Pedro Stédile nessa comissão. A defesa do ex-Ministro da Justiça de Bolsonaro, Anderson Torres, pediu adiamento de sua presença em audiência na comissão dos atos golpistas. Ele ainda não se encontra em condições psicológicas adequadas para se apresentar na comissão.
Uma minirreforma no ministério, como se imagina que o Governo Lula irá proceder, talvez não seja suficiente para apagar o incêndio e o ímpeto da oposição. Eles estão aplicando um torniquete político no Governo, de consequências preocupantes. Não é apenas um morde e afaga. É, tão somente, um morde.
Publisher: Sílvio Almeida: Lava Jato as judicial corruption

Operation Lava Jato's degree of disrepute has reached a stage where it is suggested that there is no going back. Even the actors who are being chosen to carry on with such an operation, today, observe the need to proceed with a reorientation of course, correcting the mistakes of the past. The indispositions with Judge Eduardo Appio, appointed to this thorny mission, may have their origin in his intention to correct them. A STF minister has already carried out an X-ray of what actually happened in the so-called Republic of Curitiba, praying that such episodes do not occur again in the country.
Putting together all the pieces of this perverse gear, the Minister of Human Rights, of the Lula Government, Sílvio Almeida, spoke out on the subject, pointing out a case of judicial corruption, indicating the need to punish those responsible. As we have stated here on other occasions, the plot of Lava Jato is worthy of the best crime novels by the Belgian writer, Georges Simenon. He, who wrote a novel in 13 days, would find there the necessary ingredients for another production. It has everything.
We'll leave the details to Tonis and Taclas, who are being summoned to public hearings in the Legislative, where they should have a space to speak to Brazilian society about the death throes of the Republic of Curitiba, which was presented, in principle, as an operation which, finally, would put big fish, involved in maracatais with public resources in the country, in jail. In a country with high levels of corruption like ours, such a narrative naturally excited a significant number of Brazilian men and women. Someone has already proposed a CPI on the case. It would be reasonable and welcome if we weren't faced with so many political pineapples to peel already in transit. Congratulations to Minister Sílvio Almeida. Such a placement is in good time, mainly due to the place of speech he occupies.
Editorial: A minirreforma ministerial de Lula
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crédito da foto: Divulgação |
Depois de passar o feriado de Corpus Christi na Base Naval de Aratu, na Bahia, o presidente Lula está de volta à capital federal, presume-se, disposto a descascar o abacaxi político de uma minirreforma ministerial, provocada, sobretudo, pela necessidade de acomodação de alguns atores políticos na máquina, o que, em tese, poderá proporcionar uma paz momentânea aos seus problemas de articulação política com o Poder Legislativo, leia-se, Arthur Lira. Tais problemas chegaram a um nível de tamanha complexidade que, segundo alguns analistas, muito dificilmente, essa minirreforma ministerial poderá trazer um momento de trégua duradoura entre Executivo e Legislativo.
Não seria improvável que esses pessimistas estejam fazendo uma previsão acertada. O ponto mais nevrálgico são os nomes indicados pelo União Brasil ao Governo. Em tese, não são nomes que contam com o aval do partido. Por outro, numa primeira conversa, Lula teria poupado um deles exatamente para evitar rusgas com a agremiação. O caboclo é quantomais (assim mesmo). Continuou com os mesmos procedimentos incoerentes com as boas práticas que devem reger a administração pública.
Segundo comenta-se nos escaninhos de Brasília, Lira pretende indicar nomes de partidos como o Progressistas e o Republicanos. Na realidade, não são nomes de partidos, mas nomes de Lira, ou seja, atores estratégicos para os seus objetivos de manter o controle sobre a Presidência da Câmara dos Deputados, nas eleições de 2025, quando deverá deixar a presidência da Casa. Em meio a esse imbróglio, hoje o jornal Estado de São Paulo traz um editoral elogiando um aceno que Lula teria feito ao agro. Pelo menos uma notícia boa para o Planalto iniciar a semana.
Editorial: Sílvio Almeida: A Lava Jato como corrupção judicial.
O grau de descrédito da Operação Lava Jato chegou a um estágio onde sugere-se que não tem mais volta. Até os atores que estão sendo escalados para dar prosseguimento a tal operação, hoje, observam a necessidade de se proceder uma reorientação de rumo, corrigindo os equívocos do passado. As indisposições com o juiz Eduardo Appio, indicado para esta espinhosa missão, pode ter origem em sua intenção de corrigi-los. Um ministro do STF já procedeu uma radiografia do que ocorreu, de fato, na chamada República de Curitiba, rogando para que tais episódios não voltem a ocorrer no país.
Juntando todas a peças dessa engrenagem perversa, o Minitro dos Direitos Humanos, do Governo Lula, Sílvio Almeida, se manifestou sobre o assunto, apontando ali um caso de corrupção judicial, indicando a necessidade de punição aos responsáveis. Como já afirmamos por aqui em outras ocasiões, o enredo da Lava Jato é digno dos melhores romances policiais do escritor Belga, Georges Simenon. Ele, que escrevia um romance em 13 dias, encontraria ali os ingredientes necessários para mais uma produção. Tem de tudo.
Vamos deixar os detalhes para os Tonis e Taclas, que estãos sendo convocados para audiências públicas no Legislativo, onde deverão ter um espaço para se pronunciarem para a sociedade brasilera sobre os estertores da República de Curitiba, que foi apresentada, em princípio, como uma operação que, finalmente, iria colocar peixes graúdos, envolvidos em maracutais com recursos públicos no país, na cadeia. Num país com altos níveis de corrupção como o nosso, tal narrativa, naturalmente, empolgou um expressivo contingente de brasileiros e brasileiras. Alguém já propôs uma CPI sobre o caso. Seria razoável e bem-vinda, não estivéssemos diante de tantos abacaxis políticos para descascar já em trânsito. Parabéns ao ministro Sílvio Almeida. Em boa hora tal colocação, principalmente pelo lugar de fala que ele ocupa.
domingo, 11 de junho de 2023
Publisher: Minister Flávio Dino's overexposure

If it depends on the will of the opposition, the Minister of Justice and Public Security, Flávio Dino, will continue with high exposure rates, something that has been causing some discomfort in the Lula government. And such exposure is not restricted to the Legislature. In fact, Flávio Dino is the most exposed minister in the Lula government, including through social networks. Since yesterday, he occupies the first place in Trending Topic's Twitter Brazil, after the controversy generated around fake news published about singer Roger Waters. Grinding opponents in the hearings in the Legislative and taking correct measures in the portfolio he commands, Flávio Dino took on a leading role that greatly pleased President Lula, who presented him as a model to be followed by other ministers.
Of democratic and republican convictions, with a wide experience in public life, Flávio Dino has already informed that he is willing to attend all calls of the Legislative Power, with the purpose of explaining the actions of his portfolio. He will go as many times as he is summoned. What happens, in reality, is that Flávio Dino commands a neuralgic portfolio, strategic in the scope of Bolsonarist intentions in the past (and in the future as well), such as measures related to access to carrying weapons and the regulation of social media, for example.
We are achieving some civilizing advances in these areas, but the fact deeply displeases Bolsonaristas, who are now very well represented in the Legislature. It is no wonder that this editor prepares, in addition to popcorn, the vest to accompany the MST CPI hearings. That same Bolsonarist parliamentary base systematically puts pressure on the Lula government. They are extrapolating their role of legislating and wish to assume some functions inherent to the Executive Branch, weakening some ministries, as is already the case with the Environment and with that of Native Peoples. This arm wrestling with Minister Flávio Dino is not strange.
Editorial: Um alerta sobre a popularidade de Lula
A pergunta que deveria ser respondida pelo Governo Lula é se seria possível retomar o diálogo com os evangélicos e com os ruralistas em termos minimamente razoáveis, evitando desgastes polítcos desnecessários. Há quem informe que estaria faltando habilidade em Lula para retormar esse diálogo, com setotes estratégico do eleitorado e da economia, como o agro. Em razão do grau de acirramento dessas relações, não acreditamos ser possível a retomada desse diálogo em condições razoáveis. Eles não querem conversar com Lula. Eles desejam, na realidade, derrubar Lula. Em tempos idos, a qeustão se resumia em saber se Lula era ou não ateu. Em tempos atuais, o Governo precisa saber como lidar com o fenômeno do narcopentecostalismo.
Como adverte o filósofo francês Pierre Dardod, na medida em que os setores progressitas cedem para a direita, eles sempre vão querer mais. Essas teses de conciliação e concertação não se efetivam sem prejuízos para os avanços do campo progressista. No Chile, chegará um momento em que Boric não terá mais para onde recuar. A indisposição do agro e dos evangélicos com o Governo Lula, hoje, se dá em bases muito mais complexas.
Mesmo em redutos petistas tradicionais, como o Nordeste, Lula tem sido vaiado em encontros com esses setores, como ocorreu recentemente na Bahia. E, por falar em Nordeste, a pesquisa recente de popularidade divulgada pelo IPEC, aponta que Lula perdeu popularidade neste região do país,o que deve acender a luz amarela no Palácio do Planalto.
Editorial: A superexposição do ministro Flávio Dino
Se depender da vontade da oposição, o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, continuará com altas taxas de exposição, algo que vem provocando alguns desconfortos no Governo Lula. E tal exposição não se restringe ao Legislativo. Na realidade, Flávio Dino é o ministro mais exposto do Governo Lula, inclusive pelas redes socais. Desde de ontem que ele ocupa o primeiro lugar no Trending Topic's Twitter Brasil, depois da polêmica gerada em torno de uma fake news divulgada sobre o cantot Roger Waters. Moendo opositores nas audiências no Legislativo e tomando medidas acertadas na pasta que comanda, Flávio Dino assumiu um protagonismo que agradou bastante ao presidente Lula, que o apresentou como um modelo a ser seguido pelos demais ministros.
De convicções democráticas e republicanas, com uma larga experiência na vida pública, Flávio Dino já informou que se dispõe a comparecer a todas as convocações do Poder Legislativo, com o propósito de explicar as ações de sua pasta. Irá quantas vezes vier a ser convocado. O que acontece, na realidade, é que Flávio Dino comanda uma pasta nevrálgica, estratégica no escopo das pretenções bolsonaristas no passado ( e no futuro também), como as medidas relativas ao acesso ao porte de armas e a regulação das mídias sociais, por exemplo.
Estamos conquistando alguns avanços civilizatórios nessas áreas, mas o fato desagrada profundamente os bolsonaristas, hoje muito bem representados no Legislativo. Não é à toa que este editor prepara, além da pipoca, o colete para acompanhar as audiências da CPI do MST. Essa mesma base parlamentar bolsonarista faz pressão sistemática contra o Governo Lula. Estão extrapolando o seu papel de legislar e desejam assumir algumas funções inerentes ao Poder Executivo, fragilizando alguns ministérios, como já ocorre com o Meio Ambiente e com o de Povos Originários. Não estranha essa queda de braço com o ministro Flávio Dino.
sábado, 10 de junho de 2023
Editorial: A polêmica em torno da fake news sobre a censura ou prisão de Roger Waters
No Brasil, as possoas estão fazendo questão de polemizarem em torno de praticamente todos os temas. São os chamados binômios, que produzem sempre raciocínios toscos, orientados ideologicamente por paixões, sem qualquer fundamentação mais consistente, não raro descolados da realidade. Assim tem sido em relação à apresentação do artista Roger Waters no Brasil. O cara é conhecido internacionalmente por combater patologias políticas em seus shows, a exemplo do Nazismo. O artista usa uniformes estravagantes, como aliás, em geral todos os artistas, inclusive um símbolo que se assemelha a uma eventual suástica. Apenas na forma. Não há nada a ver com o símbolo usado pelos Nazistas.
Por isso estranhamos ao ler uma nota na coluna do jornalista Lauro Jardim, sugerindo que o Ministro da Justiça, Flávio Dino, havia comunidado a um ministro do STF que, se houvesse apologia do artista ao Nazismo no país ele poderia ser preso. Se trata de uma fake news, conforme nota posterior, do próprio Ministério da Justiça, desmentindo a informação. Lauro Jardim, naturalmente, num climão como este que estamos vivendo, está sendo massacrado pelas redes sociais, com ilações sobre os seus propósitos. Realmente, no contexto político atual, é preciso tomar todos os cuidados possíveis antes de divulgar qualquer informação. Até alguns temas estamos evitando abordar por aqui, com o propósito de não "melindrar" ou "soltar" a boiada.
Hoje, as famosas "barrigas" de antigamente, podem ter várias implicações. O Lauro Jardim é um profissional sério. É preciso que sua credibilidade não seja abalada pela divulgação de uma informação que não procede, possivelmente induzido por alguma fonte que se equivocou, sem maiores consequências, sem que possamos concluir por algum complô da imprensa burguesa contra o Governo do PT.
Editorial: O xadrez político das eleições municipais de 2024 no Recife: Amanhã pode chover, João.
Recentemente, o prefeito do Recife, João Campos(PSB-PE), reuniu-se com os seus assessores mais próximos para comemorar os indicadores de uma pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas, apontando uma excelente avaliação da população recifense à sua gestão. Com escore de 66,3% de bom é ótimo, João aparece como terceiro colocado neste ranking, abaixo apenas dos prefeitos de Salvador, Bruno Reis, com 68%, e do prefeito de Manaus, David Almeida, com 67,3%, mesmo assim, dentro da margem de erro do Instituto. Se as eleições para a Prefeitura do Recife fossem hoje, era dada como certa sua reeleição. As eleições serão em outubro de 2024 e há uma intensa movimentação no campo conservador em torno dessas eleições, com nomes já postos, dentro de uma estratégia de fortalecimento para as eleições presidenciais de 2026.
Política, como ensinava a raposa mineira Magalhães Pinto, é como as nuvens. Até outubro muito coisa pode ocorrer, mas parece que o jovem prefeito vem adotando uma boa estratégia de "manejo político" da situação, colocando-o como uma ator competitivo em qualquer circunstância. João abriu um diálogo com amplos segmentos políticos do estado, afagando até mesmo a oposição, o que facilita bastante o seu trânsito, de um espectro a outro deste campo, habilitando-o a azeitar a sua gestão e estabelecer as mais distintas possibilidades de negociações e costuras aliancistas para 2024.
Ns eleições municipais de 2020, João abriu uma rota de colisão com o PT, chegando a afirmar que o partido não participaria de sua gestão. Rusgas perfeitamente superadas, a julgar pelas articulações em torno da indicação de alguns nomes socialistas para ocuparem cargos na máquina federal, como Danilo Cabral, com o aval do morubixaba local da legenda petista. Neste arranjo, duas secretarias foram entregues ao PT. Danilo chegou a ser alertado, com uma nota da legenda socialista, sobre o envolvimento do prefeito do Recife no seu apadrinhamento.
Amanhã pode chover e João Campos se deu conta de que é preciso se preparar para as chuvas e tempestades, sejam elas naturais ou produzidas pelas nuvens cinzentas da política. Seu trabalho junto aos canais, morros e encostas da periferia do Recife, com obras para evitar eventuais danos durante as chuvas, vem sendo muito elogiado. No caso do Recife, reside aqui um dos maiores desafios de qualquer gestão da cidade. Com a morte prematura do pai, o ex-governador Eduardo Campos, João foi pinçado, acidentalmente, para o campo da política. Não acreditamos que fossem esses os seus planos.
Quando decidiu que concorreria à Presidência da República, um sonho que acalentava desde os tempos de estudante universitário, o ex-governador Eduardo Campos promoveu uma verdadeira conciliação política no estado, criando uma espécie de eduardolização da política local. Conforme afirmamos em artigos escritos à epoca, Eduardo desejava um céu de brigadeiro quando partisse do Aeroporto Internacional dos Guararapes para Brasília, num comparativo entre o estado e a capital federal. Eduardo estabeleceu diálogo com os mais ferrenhos adversários do avô, Dr. Miguel Arraes, a exemplo do hoje senador licenciado Jarbas Vasconcelos. Como seu maior projeto político no momento é tornar-se governador nas eleições de 2026, o filho parace ter aprendido a lição deixada pelo pai. Amanhã pode chover, mas ele vem se preparando para enfrentar as tormentas. Inclusive a política.
Publisher: Memory of the future
From one of them, including the Student Movement, emerged the current President Gabriel Boric. As in Brazil, in Chile the political rope is very tight between conservative forces and progressive sectors of society. The French philosopher, Pierre Dardot, who closely followed those popular mobilizations, as he was teaching classes at Chilean universities during those episodes, today makes some critical considerations of the current president's stance, accusing him of systematic retreats in these clashes.
The professor's premise is that the more you give in to the right, they advance, never being satisfied. Brazil faces a very similar situation, with agribusiness grinding its gear against the Government of President Luiz Inácio Lula da Silva, sometimes infringing on defeats in important agendas in the Legislative, sometimes making a hell of a noise in CPI's under its control, as is the case of the MST's CPI. Things are so complicated that even parties or parliamentarians from the allied base, with positions in the machine, are supporting proposals to impeach President Lula. A relationship that had not been going well since the campaign, today it just gets complicated, producing political complications that the Government needs to be very aware of. As the professor warns, the right will never be satisfied. If the ruler retreats, they advance, as is happening in Chile.
Editorial: Memória do futuro
De um deles, inclusive, o Movimento Estudantil, surgiu o hoje presidente Gabriel Boric. Assim como ocorre no Brasil, no Chile a corda política está bastanre esticada entre forças conservadores e setores progressistas da sociedade. O filósofo francês, Pierre Dardot, que acompanhou de perto aquelas mobilzações populares, pois estava ministrando aulas em universidades chilenas durante aqueles episódios, hoje, faz algumas ponderações críticas à postura do atual presidente, acusando-o de recuos sistemáticos nesses embates com a direita identificada com o neoliberalismo implantado no país desde a ditadura de Pinochet.
A premissa do professor é a de que quanto mais se cede para a direita, eles avançam, nunca se dando nunca por satisfeitos, o que compromete os avanços populares desses acordos de concertação ou consensos. O Brasil enfrenta uma situação bastante semelhante, com o agronegócio moendo a engrenagem contra o Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ora infringindo derrotas em pautas importantes no Legislativo, ora fazendo um barulho danado em CPI's sob o seu controle, como é o caso da CPI do MST. A coisa está tão complicada que até partidos ou parlamentares da base aliada, com cargos na máquina, estão apoiando propostas de impeachment do presidente Lula. Uma relação que já não vinha bem desde a campanha, hoje apenas se complica, produzindo complicadores políticos sobre os quais o Governo precisa ficar bastante atento. Como adverte o professor, a direita nunca está satisfeita. Se o governante recua, eles avançam, como está ocorrendo no Chile.
sexta-feira, 9 de junho de 2023
Publisher: IPEC releases research on approval of the Lula government
Yesterday, with the news that the Minister of the Federal Supreme Court, Alexandre de Moraes, had contracted Covid-19, more radical Bolsonarist hordes invaded social networks, with the intention of commemorating the fact, in an anti-Christian act. We are really living the "end times", as evangelicals preach. Where have you seen someone who claims to be a Christian with such an attitude? Where have you seen neo-Pentecostal drug traffickers? As reported by police chronicles? But everything became possible in these dark times that the country is facing.
First of all, we wish health and long life to the guardian of our democratic institutions, which acts as a true shield against anti-democratic attacks. Another piece of news that should leave these Bolsonarists in an uproar is the approval of the Lula Government, which, according to a survey carried out by the IPEC Institute, released today, dropped two percentage points when compared to the previous survey. It fell from 39% to 37%, while disapproval also rose by two percentage points, that is, from 26% to 28%.
The moment requires weighting on both sides. It is still too early for us to release the fireworks, either on the side of the situation or on the side of the opposition. The clouds remain gray, whether from an economic point of view or from a political point of view. The highest interest rates in the world, practiced by the Central Bank, suffocate some sectors of the economy, as already mentioned. From a political point of view, the bottleneck has been this tumultuous and confused relationship with the Legislative Power, which has applied a tourniquet to the Government, tightening and loosening as it sees fit. If it depends on some political opposition groups, Lula's government will bleed to death. Unraveling an impeachment request, these circumstances maintained, is just a matter of time.
Editorial: IPEC divulga pesquisa com aprovação do Governo Lula.

Antes de mais nada, desejamos saúde e vida longa ao guardião de nossas instituições democráticas, que atua como um verdadeiro escudo contra as investidas antidemocráticas. Outra notícia que deveria deixar esses bolsonaristas em polvorosa é a aprovação do Governo Lula, que, segundo levantamento realizado pelo Instituto IPEC, divulgada no dia de hoje, caiu dois pontos percentuais quando comparada à pesquisa anterior. Caiu de 39% para 37%, enquanto a desaprovação subiu igualmente dois pontos percentuais, ou seja, passou de 26% para 28%.
O momento exige ponderação de ambos os lados. Ainda é muito cedo para soltarmos os rojões, seja do lado da situação, seja do lado da oposição. As nuvens permanecem cinzentas, seja do ponto de vista econômico, seja do ponto de vista político. As maiores taxas de juros do mundo, praticadas pelo Banco Central, asfixia alguns setores da economia, como já foi dito. Do ponto de vista político, o gargalo tem sido essa relação tumultuada e confusa com o Poder Legislativo, que aplicou um torniquete no Governo, apertando e afrouxando conforme as suas conveniências. Se depender de alguns grupos políticos de oposição, o Governo de Lula sangrará até a morte. Desengavetar algum pedido de impeachment, mantidas tais circunstâncias, é apenas uma questão de tempo.
Publisher: The advice of the "witch" on the editorials of Estadão
The Lula Government is far from constituting a unanimity, because, as the playwright from Pernambuco, Nelson Rodrigues, warned, all unanimity is stupid. I believe that Brazilian society has never been so divided or polarized. Lula was elected to the Presidency of the Republic under appreciably adverse conditions. In the midst of an environment of instabilities and political turbulence, in a very balanced election, with the opposition having an advantage over the Federal Legislative. Even anti-democratic maneuvers were carried out, in the sense of preventing him from assuming the presidency.
His biggest headaches today are related to the troubled relationship with the Chamber of Deputies, where he faces frequent hostilities and defeats. We are pessimistic about the possibility of building safe bridges here, but sometimes the political milieu can reserve some surprises for us. The right to dissent is inherent to a democratic process, which becomes perfectly acceptable and understandable in the editorials of a newspaper like O Estado de São Paulo.
What happens, however, is that this editorial line is becoming tedious and boring, as observed by some Internet users today. A fixed idea, as Machado de Assis warned, is crazy. God forbid you from a fixed idea, reader. Before a mote, a beam in the eyes. Recommend the "witch". The quotation is from memory, still from the times of adolescence, when we had contact with the author's work, which constituted our first readings. So sorry for any mistakes.
Editorial: Os conselhos do "bruxo" sobre os editoriais do Estadão.
O Governo Lula está longe de se constituir numa uninimidade, até porque, como advertia o teatrólogo pernambucano, Nelson Rodrigues, toda unanimidade é burra. Creio que a sociedade brasileira nunca esteve tão dividida ou polarizada. Lula foi eleito para a Presidência da República em condições sensivelmente adversas. Em meio a um ambiente de instabilidades e turbulências políticas, num pleito equilibradíssimo, com a oposição levando vantagem sobre o Legislativo Federal. Até manobras antidemocráticas foram executadas, no sentido de impedir que ele assumisse a presidência.
Suas maiores dores de cabeça, hoje, estão relacionadas à conturbada relação com a Câmara dos Deputados, onde enfrenta hostilidades e derrotas frequentes. Somos pessimistas quanto à possibilidade de construções de pontes seguras por aqui, mas, por vezes, o meio de campo político pode nos reservar algumas surpresas. O direito de dissendir é inerente a um processo democrático, o que se torna perfeitamente aceitável e compreensível os editoriais de um jornal como O Estado de São Paulo.
O que ocorre, no entanto, é que esta linha editorial está se tornando tediosa e chata, como observaram alguns internautas no dia de hoje. Ideia fixa, como alertva Machado de Assis, é coisa de doido. Deus te livre de uma ideia fixa, leitor. Antes um argueiro, uma trave nos olhos. Recomendava o "bruxo". A citação é de memória, ainda dos tempos de adolescente, quando tivemos contato com a obra do autor, que se constituiu em nossas primeiras leituras. Perdão, portanto, por algum erro.
Editorial: O drama da articulação política no regime de presidencialismo de coalizão
Na realidade, o termo "presidencialismo de coalizão" está perdendo espaço para os termos "parlamentarismo" e "semipresidencialismo." "presidencialismo de coalizão", hoje, está mais circunscrito aos estudos acadêmicos. Na prática, o que está ocorrendo é uma ingerência cada vez maior - e perigosa - do Legislativo sobre o Executivo. Hoje se discute nos corredores de Brasília quem seria o nome ideal para fazer essa ponte entre os dois poderes, como representante do Governo Lula. A rigor, como se sabe, a questão não é apenas de nome ou de saber ouvir.
No Governo de Fernando Henrique Cardoso havia um dos articuladores que ficou conhecido como "garçon". Um sujeito bastante educado, que ouvia e anotava todos os pedidos, mas acabava por não servir o prato. A tropa de choque de Lula, neste campo, são o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. No momento, a situação de Alexandfe Padilha estaria mais confortável do que a de Rui Costa.
E, naturalmente, o motivo não seria as últimas declarações infelizes sobre a capital federal. Ele pode até ter razão em suas conclusões, mas é o tipo da coisa que não pode ser dita, principalmente em praça pública. Rui Costa estaria atrasando a liberação de emendas e assinaturas de portarias de nomeações. Curioso neste sentido é que um dos principais interlcutore de Lula para tentar apagar o incêndio junto ao União Brasil é um nome que já foi convidado para ocupar um ministério e foi vetado pelo PT baiano: Elmar Nascimento(União-BA).
quinta-feira, 8 de junho de 2023
Publisher: President Lula inaugurates the Federal Technical Institute in the city of chimneys
Until the 40s of the last century - to be optimistic - the city of Paulista, located in the Metropolitan Region of Recife, was, in reality, a large farm controlled by the industrial oligarchy of the Lundgren family, which maintained two textile industries and a village there. which was once considered the largest in Latin America. To paraphrase Gilberto Freyre, in an allusion to the sugar mill owners of the state's sugar aristocracy, they owned everything: the land, the water, the forests, the machines, the factories, the port, the railroad, the airfield, the swiddens , the houses and, to a certain extent, the workers who lived there. This power was legitimized or exercised through absolute control over the production process - there were no other economic activities in the city - and through the so-called watchmen - an armed militia, which at its peak numbered 740 men. Anyone wishing to know or understand a little better this oligarchic relationship pattern, maintained for decades, in some cases under the complacency of the State Apparatus, read the novel: "Menino de Vila Operária", by this publisher, which can be purchased through this blog .
This original evil, both from a political and economic point of view, left an indelible mark on the city, interdicting, until today, republican practices in the conduct of public affairs. Yesterday, the current mayor, Ives Ribeiro, was booed and called a liar during the inauguration of an IFPE in that city, by the audience present at the event, which was attended by President Luiz Inácio Lula da Silva, the Minister of Education, Camilo Santana , and Governor Raquel Lyra.
The inauguration of this IFPE could be the beginning of the resumption of the large investments in education made in the first governments of the PT coalition, responsible for one of the great advances regarding our substantive democracy, including a cut of social situation, race and gender, creating the largest program ever seen in the country to enroll poor students in higher education. Another IFPE is being planned for the city of Olinda, also in Pernambuco.
Editorial: Indicação de Danilo Cabral para a SUDENE confirma a força polítca do senador Humberto Costa em Pernambuco.
A bússula política do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Pernambuco, é o senador Humberto Costa. O processo, não raro, fica turvo aqui na província, mas, no final, aparece sempre a figura do senador por entre as nuvens, orientando o balizamento das decisões tomadas pelo morubixaba petista, por vezes com o sacrifício de alguns companheiros e companheiras. Indicado para a presidência do Banco do Nordeste, o ex-governador Paulo Câmara agradeceu sua indicação ao senador Humberto Costa. Por isso, não estranha a nota de Danilo Cabral agradecendo ao senador as gestões para a sua indicação para assumir a superintendência da SUDENE, sacramentada no dia de ontem.
Quem não gostou muito foram as figuras de proa do PSB, que trataram de emitir uma nota enfatizando o apoio dado à indicação de Danilo ao órgão, creditado ao empenho do prefeito João Campos(PSB-PE), em particular, e à cúpula nacional da legenda. A nota é assinada pelo seu Presidente Nacional do PSB, Carlos Siqueira. Pernambuco é um tradiconal reduto socialista. O PSB governou o Estado por 16 anos, criando uma espécie de eduardolização da política pernambucana.
Os laços com alguns setores do PT foram construídos ainda pelo ex-governador Eduardo Campos, em tempos idos. Maquiavelicamente, o ex-governador tornou o PT dependente dos socialistas no estado, através de alguns "incentivos". Não se trata de políticas ou diretrizes de governo, naturalmente, mas de ocupação de nacos na máquina páblica. Nos escaninhos da política comenta-se que João teria aberto espaço na gestão com o propósito de viabilizar a indicação do nome de Danilo para a SUDENE, num arranjo, evidentemente, com a participação do senador Humberto Costa.