A presidente Dilma Rousseff está visitando o Maranhão. Trata-se de uma visita oficial, onde Dilma entregará, simbolicamente, as chaves de residências do Programa Minha Casa, Minha Vida. Não chega num momento bom. O Estado enfrenta uma série de problemas, apesar dos seis meses de gestão comunista. Ocorre no plano estadual, possivelmente os mesmos problemas econômicos e de coalizão de governo celebrados no plano nacional, onde o vice-presidente, Michel Temer(PMDB) comporta-se mais como um urubu voando de costa do que propriamente um aliado. Se os algozes de Dilma acenassem com a possibilidade apoiá-lo num eventual impeachment da presidente, ele embarcaria nessa aventura sem o menor constrangimento.
O problema do Maranhão continua sendo a oligarquia dos Sarney. Hoje e sempre. Apesar dos discursos veementes de contraposição, Flávio Dino (PCdoB) foi eleito e governa com antigos aliados dessa oligarquia. O discurso de mudanças substantivas nas políticas públicas e nos costumes políticos locais, praticamente, ficaram esvaziados por essas coalizões políticas. Flávio tem seus limites. Limites impostos pelos interesses desses grupos, que nunca desejaram, de fato, mudanças radicais na política feudal do Estado. Há algumas mudanças pontuais - anunciadas com grande alarde, através de uma bem-sucedida publicidade institucional, que comemora, imaginem, a mudança no nome das escolas públicas estaduais - mas, no plano concreto, pouca coisa mudou nesses seis meses de governo.
A violência no Estado alcançou índices preocupantes, e o Governo reprime violentamente os movimentos sociais. Um colega do Estado disse que nunca se bateu tanto na negada. Nem na época mais dura de governo da oligarquia Sarney. O que podemos observar é que o Flávio Dino(PCdoB) parece um pouco perdido, desnorteado, sem muito bem saber o que deve ser feito em termos de políticas públicas. Um desgaste que poderia ser evitado, pelo fato de termos apenas seis meses de Governo. Repete, à exaustão, o axioma da "herança maldita". Não se sabe até quando os eleitores suportarão essa "justificativa".
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