Uma resposta convincente a essas duas perguntas do editorial são as mais exigidas ultimamente, seja em relação aos eleitores, seja em relação aos formadores de opinião. No dia ontem saiu a pesquisa do Instituto Datafolha, apontando que o petista mantém uma margem de 4 pontos de diferença em relação ao seu concorrete, o presidente Jair Bolsonaro. Coincidentemente, os escores são semelhantes a uma pesquisa anterior, anunciada mais cedo, a do Instituto Datapoder, onde a diferença entre ambos é a mesma. Há dez dias da votação, a campanha entrou numa fase crítica, com as máquinas de triturar reputações - as famigeradas fake news - operando a todo vapor.
Lula, por exemplo, irá fazer dez inserções no programa de TV do adversário para dizer que é inocente, conforme determinação do TSE. Que coisa mais chata para os telespectadores. O Presdiente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, até recentemente, reuniu-se com os representantes de redes sociais para alguns ajustes de conduta. A medida se tornou necessária diante do aumento sistemático dessa prática abominável de disseminação de fake news, que nos atormentam desde eleições passadas.
Desde épocas remotas, para ser mais preciso, só que agora essa prática conta com a ajudinha inestimável da tecnologia e passou a figurar no escopo das principais estratégias de campanhas, coordenadas por marqueteiros sem filtros ético. Na Bahia, por exemplo, existe uma "Escola Política" tradicional, onde um dos seus principais representantes costumava organizar dossiês sobre os adversários políticos. Quando se sentia acuado, por algum motivo, ameaçava divulgar dossiês sobre os desafetos. Há rumores de que costumava circular nos corredores da capital federal com pastas contendo tais dossiês debaixo do "suvaco", que seria o termo mais apropriado para designar o local onde se acomoda esse tipo de material.
Como quem sai aos seus não degenera, anda circulando nos escaninhos da política de Brasília informações desabonadoras sobre o governador petista da Bahia, Rui Costa, um dos principais responsáveis pela virada do candidato do partido naquela Estado, Jerônimo Rodrigues, na disputa pelo Palácio de Ondina. Especula-se que o governador poderia ter tido alguma vantagem na aquisição de imóvel, em contrapartida de um suposto favorecimento de caráter pouco republicano à construtora da obra. É o tipo da coisa que "se pegar' - e geralmente pega, os algozes sabem disso - não se explicaria até o dia 30 de outrubro.
A ex-candidata à Presidencia dos Estados Unidos, Hillary Clinton, ainda hoje se explica, em desmentidos, ao festival de mentiras que se espalhou sobre a sua pessoa, durante a campanha vencida por Trump. Eis aqui a tragédia dessa prática abominável das fake news. Para não sugerirem que fugimos do assunto, as taxas de rejeição de Bolsonaro ainda não nos permitem afirmar que ele possa encostar ou mesmo superar o petista. Agora, que nós vamos ter um "terceito turno", ninguém tenha a menor dúvida quanto a isso. Essas eleições não terminam no próximo dia 30.
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