Embora o Deputado Federal André Janones tenha afirmado que estaria usando as mesmas armas do adversário, pois não se combate com flores quem usa armas de fogo - ou algo assim, perdão por talvez não ser fidedigno - acreditamos que fazer o jogo do adversário, neste momento, pode não ser a melhor estratégia. Claro que as investidas bolsonaristas precisam ser enfrentadas à altura, mas não se pode perder de vista o politicamente correto, sob pena de afugentar simpatizantes do petismo.
André Janones conseguiu a proeza de equilibrar o jogo da disputa presidencial num campo importante, o das redes sociais, onde o candidato Luiz Inácio Lula da Silva amargava derrotas sucessivas para os perfis bolsonaristas, então hegemônicos. Trata-se de uma batalha renhida, que não seria facilmente enfrentada, pois atitudes e comportamentos civilizatórios ou reublicanos não costumam figurar no dicionário do outro lado. Este embate virtual por muito pouco não se tornou real, quando os atores estiveram frente a frente por ocasião do debate presidencial do primeiro turno, organizado pela Rede Bandeirantes de Televisão.
Com este perfil e este capital virtual, digamos assim, Janones foi alçado à condição de um dos homens mais importanes no staff de campanha do petista, posto que, sem ele, o PT continuaria patinando neste terreno, colocando em risco o êxito da jornada até o Palácio do Planalto. Logo pela manhã de hoje, 12, ele estava se perguntando porque o Deputado Federal Nicolas Ferreira, o mais bem votado do país nestas eleições, estava sendo comparado a um famoso político paulista, que tem o hábito de usar umas calças demasiadamente apertadas. Uma pergunta desta natureza não ficaria sem centenas de respostas imediatas, se considerarmos seus perfis nas redes, dirimindo logo a dúvida do deputado.
O que viria em seguida, no entanto, não foi nada agradável, pois suscitou muitos questionamentos de outros órgaos de comunicaçao à coordenação da campanha de Lula, posto que foram publicadas postagem ofensivas às comunidades LGBTQIAPN+. Nos Governos da Coalizão Petista essas comunidades viram seus direitos serem reconhecidos e ampliados, criando uma organicidade desses grupos com o petismo. Salvo melhor juizo, dentro do próprio PT existem núcleos organizados para debaterem a pauta dessas comunidades.
De fato, ocorreram algumas ofensas - como os questionamentos à opção sexual e à linguagem chula dos eventuais 'boquetes'. Tratou-se, naturalmente, de um grave equívoco, sobretudo quando se associa tais postagens a uma agremiação política que tem conduzido ou pautado sua plataforma de condução dos negócios público respeitando essas minorias, ampliando seus direitos sociais e reconhecendo o livre arbítrio da opção sexual de cada um. Diria mais: Também não convém se meter sobre suas práticas no dark room.
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