Ao tratar desses assuntos, o presidente Jair Bolsonaro sempre permite algumas interrogações. As expressões: Só Deus me tira dali ou Eu vou passar mais um tempo por lá são recorrentes em sua fala, o que pode ser traduzido como uma forma de plantar dúvidas sobre as suas reais intenções. Em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, este tem sido mais objetivo, informando que, se eleito, depois que cumprir este mandato, prepara um nome para a sua sucessão e vai descansar, curtir a vida com a sua amada Janja. Lula já teria mais de 80 anos e, convenhamos, talvez não suportasse mesmo a maratona que significa uma candidatura presidencial.
Numa eventualidade de Lula ser eleito, já surge uma bolsa de aposta de nomes cotados para suceder o petista no Palácio do Planalto, conforme observa a jornalista Clarissa Oliveira, em sua coluna na revista Veja. Por enquanto, os nomes mais lembrados são o do ex-Ministro da Educação e candidato do Partido ao Governo de São Paulo, o professor Fernando Haddad. Haddad é uma espécie de "cria" de Lula e um dos seus escudeiros mais fiéis, o que significa dizer que suas chances são boas. Hoje, diante da possibilidade de um tropeço em São Paulo, seu nome já está sendo ventilado para ocupar uma vaga no Ministério de Lula.
Um outro nome é o do ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, um dos atores mais influentes do seu staff de campanha. Jaques poderia ter sido o nome do PT para voltar a disputar o Palácio de Ondina, mas o partido resolveu poupá-lo, diante de um desgaste aliancista local. Foi para o sacrifício, mas deve ter negociado o seu futuro político. A senadora Simone Tebet é outro nome cotadíssimo, depois de sua performance nessas eleições. De pronto, resolveu apoiar o PT, tornando-se uma pessoa bastanre influente na campanha de Lula, inclusive pelas redes sociais. Credenciou-se, independetemente do apoio do Partido dos Trabalhadores. O vice, Geraldo Alckmin, hoje filiado ao PSB, seria outro nome na bolsa de apostas. Conta a favor de Alckmin a sua capilaridade junto aos setores mais conservadores da sociedde basileira, uma ponte fundamental em qualquer projeto presidencial. É uma aresta que ele não tem e, portanto, não precisaria aparar. Ao contrário, entrou na chapa do petista exatamente por ter este verniz.
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