Entre os colunistas de política há um consenso ou entendimento de que a ausência de Lula - naquele que poderia ter sido um debate, mas foi transformado numa entrevista - foi ruim para a campanha do petista. Não sabemos se seu staff de campanha calculou bem os prejuízos, mas Lula já antecipou que também não irá ao debate organizado pelo Rede Record de Televisão. Como já seria previsto, a entrevista do presidente ao pool de veículos de comunicação transcorreu absotuamente dentro do esperado, com o candidato cumprindo rigidamente o script traçado por seus assessores.
Salvo pelo tropeço da área econômica, que permitiu o vazamento da informação de que haveria uma proposta de Paulo Guedes, Ministro da Economia, para a mudança nos cálculos de reajuste do salário minimo -hoje constitucionalmente calculado pelos índices de inflação do ano anterior - a campanha de Bolsonaro enfrenta um bom momento, reagindo bem nas mais recentes pesquisas de intenção de voto, melhorando seus índices de avaliação entre os beneficiários do Auxílio Brasil. Até o dia 20, a batalha agora é pelo voto dos indecisos, que podem decidir as eleições.
Nesses momentos, pesa, de forma estratégica, a ação dos assessores, orientando, corrigindo o candidato. No encontro do SBT, tivemos um Bolsonaro "fora de si', o que equivale dizer que ele foi, o tempo todo, ponderado, comedido, cauteloso. Mesmo em tais circunstâncis, num ponto, ele volta a ser o Bolsonaro real: Quando instigado a responder se aceitaria de bom grado o que as urnas determinarem no dia 30. Ele sempre permite uma fisgada de dúvidas sobre o assunto, espelhando uma narrativa marcada pelo "condicional".
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