Acaba de sair da fornalha uma nova pesquisa de intenção de voto para a Presidência da República. Sempre que essas pesquisas são anunciadas, os eleitores filtram, de imediato, os institutos que as realizaram, um parâmetro que se tornou emblemático, sobretudo depois dos erros cometidos por esses órgãos por ocasição das pesquisas de intenção de voto no primeiro turno das eleições. Perigosamente, questões ideológicas passaram a integrar os padrões de confiança dos eleitores sobre esses números. No imaginário social, já existem os "institutos" de Lula e os "institutos" de Bolsonaro.
Neste contexto, hoje já não seriam os "grandes' que poderiam trazer escores mais confiáveis, mas institutos mais modestos, como é o caso do Paraná Pesquisas, que deve anunciar os seus índices no dia de amanhã. O Paraná Pesquisas, como se sabe, foi o instituto que mais se aproximou de acertos, durante o primeiro turno, na disputa presidencinal. Não seria por acaso que seus números estão sendo tão aguardados pelos eleitores e os formadores de opinião. E, por falar nesses escores, continuam as grandes discrepâncias entre os institutos.
A pesquisa do IPEC - antigo IBOPE - aponta nove pontos percentuais de diferença entre os candidatos Luiz Inácio Lula da Silva(PT) e Jair Bolsonaro(PL). Lula pontua com 51% das intenções de voto, enquanto Bolsonaro atinge o índice de 42%, grosso modo, uma verdadeira ducha fria nos esforços do presidente para reverter este quadro. Hoje, depois dos números apresentados por um dos "menudos' dos institutos de pesquisa, o PoderData, os ânimos do seu staff político - ou do comitê de reeleição - tende a melhorar, pois aquele instituto aponta para um empate técnico entre ambos, apontando que a diferença entre ambos é de apenas 04 pontos, praticamente dentro da margem de erro do instituro.
Como afirmei no dia de ontem, o presidente Jair Bolsonaro conta com uma excelente equipe de campanha e está fazendo o possível e o impossível para reverter esta situação. Tem procurado ser moderado; aparar as arestas com as mulheres; distribue benesses para os eleitores mais empobrecidos; conta com os ventos favoráveis da economia. O problema é ele mesmo, que ainda ostenta um índice de rejeição que, em tese, o impederia de renovar o contrato de inquilino do Palácio do Planalto. O eleitor ainda sabe o que ele fez no verão passado e isso tem sido muito explorado pelo adversário.
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