Crédito da foto:Mateus Bonami\AFP |
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Talvez, em nenhum outro momento de nossa história republicana, depois da redemocratização, as autoridades eleitorais tenham enfrentados tantos obstáculos na condução de um processo eleitoral como agora. Até recentemente, o Presidente do TSE, Alexandre de Moraes, exigiu explicações do Ministério da Defesa no tocante a uma suposta auditagem paralela das urnas eletrônicas. Ora, essa prerrogativa é unicamente da Justiça Eleitoral, não sendo cabível que outros atores se arvorem no direito de se meterem neste assunto. Está correta a postura do ministro Alexandre de Moraes. Tentar se imiscuir nesses assuntos é, claramente, uma postura "invasiva" e desrespeitosa em relação aos marcos democráticos, que delimitam, claramente, a competência dos três Poderes da República.
Finalmente, depois de muito relutar, Lula chegou à conclusão sobre a necessidade de emissão de uma carta aos evangélicos fazendo os desmentidos em relação a uma série de fake news espalhadas contra o petista, todas vinculada às nevrálgicas pautas de costumes. Tornou-se público o fato de a campanha de Lula ter obtido, junto ao TSE, a proibição da divulgação de nada mais nada menos do que 50 fake news contra o candidato. Muito mais do que uma evidência do trabalho e da competência do jurídico da campanha do petista, o fato é uma evidência insofismável que a campanha descarrilou de vez para a baixaria e que pintou um clima de que não vislumbraremos o respeito aos marcos civilizatórios daqui para frente.
Como observou o jornalista Robson Bonin, da Coluna Radar, de Veja, não alimentemos as ilusões acerca de uma pauta propositiva daqui para a frente. Uma pena, uma vez que os candidatos, que já olhavam unicamente para o retrovisor, passaram também a olhar para baixo. Todos os dias aparece uma providência nova tomada pela campanha de Jair Bolsonaro no sentido de minimizar os efeitos do pintou um clima. Por outro lado, surgem, nas coxias da política, rumores de que a equipe do presidente estaria à procura de algo que pudesse produzir estragos semelhantes à campanha do petista. Tirem as crianças da sala.
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