Nos últimos anos, as facções do crime organizado tiveram um avanço exponencial no país. Hoje, estima-se que 7 em cada 10 mortes violentas intencionais, de alguma forma, é resultado das ações desses grupos, que já conseguiram até a proeza de mudar, substantivamente, a geografia da violência no país, tornando Estados como Bahia, Ceará e Pernambuco como os mais violentos na atualidade. Geralmente, Estados como Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais encabeçavam essas listas. Esses grupos se deslocam para regiões como o Norte e o Nordeste, assim como da capital para o interior.
Se formularmos um gráfico comparativo, não seria surpresa, portanto, a constatação de que a violência ascendeu entre esses entes federados na mesma proporção em que a atuação desses grupos também foi ampliada. Não temos dados precisos sobre quais dessas facções atuam no Estado de Pernambuco, mas apenas na Bahia já existem 14 delas em plena operação, em alguns casos, estabelecendo entre eles uma luta fratricida pelo controle de territórios.
Naquele Estado, a Ilha de Itaparica tornou-se um palco de guerra entre esses grupos, assim como a cidade de Caucaia, no Ceará, onde fica localizada a paradisíaca praia de Cumbuco. Aqui em Pernambuco, talvez pudéssemos citar o caso recente da Ilha de Itamaracá, onde foram registrados confrontos entre grupos rivais que disputam o tráfico de drogas na região, com a ocorrência de morte até de criança. O momento é delicado e as perspectivas de enfrentamento efetivo deste problema tornam-se insuficientes quando observamos um país literalmente cindido entre Governo e Oposição, cada lado com agendas diametralmente opostas sobre o melhor encaminhamento de medidas para enfrentar o crime organizado.
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