O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues(PT-BA), resolveu aparecer num desses palcos de forró instalado em Amargosa, onde se apresentava o cantor Flávio José, e foi solenemente vaiado pela multidão, mesmo com os apelos do cantor para que a plateia contivesse os apupos. Nas últimas eleições presidenciais, 70% do eleitorado do Estado votou em Lula, possivelmente a maior performance do petista. Desde então, as coisas não vão bem naquele Estado, que ostenta hoje altíssimos índices de violência, configurando-se como o Estado mais violento do país.
O grave problema da violência no país não se restringe ao Estado da Bahia, tampouco é de responsabilidade exclusiva das entes federados, conforme já observou o próprio governador numa dessas ocasiões, mas, neste caso específico, o PT ocupa as duas esferas de poder. Na capital, Salvador, o atual prefeito, Bruno Reis, ligado ao grupo do ex-babalorixá Antônio Carlos Magalhães, lidera todas as pesquisas de intenção de voto realizadas até este momento.
Nas eleições passadas o PT conseguiu reverter essa tendência do eleitorado, que pretendia votar em ACM Neto para o Palácio de Ondina, mas estima-se que, desta vez, as possibilidades de reversão são remotas. Dezoitos meses depois de ter assumido a Presidência da República, o PT expõe uma fadiga de material evidente. Envelheceu precocemente. Mesmo em seu maior reduto eleitoral, a região Nordeste, as dificuldades eleitorais se apresentam como barreiras intransponíveis nas principais capitais da região.
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