A revista Veja desta semana traz uma longa e ao mesmo tempo preocupante matéria sobre o fogo que consome o Pantanal Matogrossense. As secas ou estiagem seriam cíclicas ou regulares, ocorridas sempre nessa época do ano, mas, desta vez, assumem contornos e consequências imprevisíveis, ameaçando, de forma efetiva, a preservação daquele bioma. Necessário apontar que o desmatamento ou as desordens ambientes produzidas na Amazônia estão contribuindo para agravar os problemas enfrentados pelo pantanal, que está localizado nos Estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de áreas de outros países fronteiriços.
O Pantanal possui algumas características peculiares, como o incêndio que se alastra sem ser percebido, por baixo da terra, diferentemente do que ocorre nas florestas tropicais, o que produz grandes dificuldades de combate e controle. Outro agravante são as mudanças climáticas, como decorrência do uso abuso e indiscriminado dos recursos naturais e expedição de poluentes no ar.
Para completar esse enredo macabro, ao que se sabe, órgãos como o IBAMA, salvo melhor juízo, encontram-se com seus servidores em greve. Em 1974, o cineasta Jorge Bodanzki produziu o drama\documentário "Iracema - uma transa amazônica", onde expõe os problemas enfrentados pelos nativos ou povos originários daquela região. Entrevistado algumas décadas depois do lançamento da película, o cineasta é categórico ao afirmar que nada mudou desde então. Os problemas apenas se agravaram, inclusive sob governos de perfil progressista.
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