Diante das circunstâncias políticas sensivelmente adversas, pois estamos há quatro meses das próximas eleições municipais, o Planalto resolveu entrar em campo ara evitar a instauração de uma CPI do Arrozão. Os problemas são evidentes com este leilão cancelado e, por via das dúvidas, o mais prudente neste momento seria evitar que eles sejam expostos em praça pública, desgastando ainda mais o Governo Lula 3. Este talvez não seja o encaminhamento mais republicano, mas estamos lidando com uma oposição renhida, disposta a criar as condições políticas de vulnerabilidade irreversível para o Governo.
O ambiente não é de normalidade, onde os amortecedores institucionais suportariam até mesmo alguns cortes na pele. Definitivamente não é este o momento. Em entrevista recente, o morubixaba petista fez referência às características da oposição que enfrentamos neste momento, argumentando que eles possuem um modus operandi bem típico, possivelmente sem precedente no país, recusando a negociar com o Governo e especializando-se no pragmatismo das fake news.
Na realidade, esta observação do presidente Lula pode ser remetida ao mesmo modus operandi de antes da eleição que conduziu o ex-presidente Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto. Eles desejavam consolidar um agenda ou uma pauta política que querem impor ao Governo do PT, desconsiderando o fato de que a sociedade brasileira fez uma opção pela agenda petista. Outra questão preocupante é que o equilíbrio de forças na sociedade é muito frágil. Bolsonaro atingiu quase 50% do eleitorado e o bolsonarismo, direta ou indiretamente, elegeu a maioria congressual.
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