São muitas as crises que o país enfrenta neste momento. Algumas delas cruciais, como as crises institucional e de segurança pública, onde os entes federados vêem, a cada dia, o aumento dos índices de violência em ascendência nas estatísticas. Tragédias ambientais, como a do Rio Grande do Sul, professores universitários e técnicos de universidades em greve, sem que se vislumbre uma negociação favorável entre grevistas e o Governo. Em meio a este turbilhão de problemas, deram agora para implicar com o "Arroz de Lula", que está se tornando uma questão que pode respingar numa discussão parlamentar, que já conta com três denúncias junto ao Tribunal de Contas da União. Só falta agora alguém propor uma CPI do Arroz.
Antes de eclodir essa tragédia que se abate sobre o Rio Grande do Sul Lula já havia manifestado o interesse em adquirir o produto, uma vez que os preços estavam aumentando nas prateleiras dos supermercados e as sondagens indicavam que o fenômeno poderia estar contribuindo para aumentar sua impopularidade junto à opinião pública. Chegamos a discutir este assunto por aqui. As poderosas associações de produtores de arroz se anteciparam em anunciar que não haveria necessidade de importar o produto. Inclusive no Rio Grande do Sul, onde a safra já havia sido colhida antes das enchentes.
Até aqui tudo bem. O Governo, inclusive, pode ter se equivocado, embora imbuído das melhores intenções humanitárias. O que é curioso é a narrativa que está sendo disseminada em torno do assunto, afirmando que o presidente Lula, com a medida, estaria tentando se vingar dos produtotes rurais, identificados com o bolsonarismo, ampliando ainda mais as zonas de cizânia entre o presidente Lula e os partidários do ex-presidente, inclusive entre aqueles que o representam no parlamento.
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