Até recentemente, o ex-presidente Jair Bolsonaro manteve uma reunião com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, onde teria ficado ajustado que o capitão Mello Araújo, ex-Rota, finalmente, seria confirmado como o candidato a vice na chapa de reeleição do prefeito Ricardo Nunes. Ricardo analisou, o quanto foi possível, todas as variáveis que estão envolvidas nesta indicação, trabalhando sempre com a possibilidade de ela possa vir a agregar algum capital político ao seu projeto de reeleição, seja no que concerne às forças que compõem a frente ampla, seja no que concerne ao eleitorado.
Ao longo dessas negociações, alguns nomes foram descartados exatamente por não atender a tais requisitos. Tratou-se de uma postura prudente e racional do gestor. A frente ampla que o apoia, por exemplo, estabelece que seria bastante interessante que ele assumisse uma postura de centro, equidistante do radicalismo de extrema-direita do espectro político. Nunes mostrou-se reticente ao capitão Mello, exatamente por sua identificação com um bolsonarismo de perfil mais radical.
Não se sabe exatamente o que mudou desde o início da campanha, mas o fato é que depois dessa reunião entre Tarcísio e Bolsonaro, o nome do capitão Mello ficou bastante fortalecido como candidato a vice na chapa de Nunes. O que nos parece perceptível é que, definitivamente, com a entrada no jogo eleitoral de nomes como Pablo Marçal e José Luiz Datena, não haveria como Nunes deixar de ser atirado nas cordas da extrema-direita.
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