Pela última pesquisa de intenção de voto realizada naquela praça, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes(PSD-RJ), segue muito bem na fita, cravando 51% das intenções de voto, bem acima do segundo colocado, o Deputado Federal Alexandre Ramagem, que pontua apenas com 11% das intenções de voto. Há quem assegure que essa larga vantagem de Paes seria por pouco tempo, assim como ocorreu com Marcelo Freixo(PSOL-RJ) em passado recente.
Surge no retrovisor, no entanto, uma sinalização de que tal fenômeno possa não se repetir em relação a Eduardo Paes, sobretudo em razão do perfil das alianças que o prefeito está celebrando, envolvendo atores políticos com os quais, possivelmente, Freixo não se alinharia. Até recentemente, Eduardo Paes fechou uma aliança com o Deputado Estadual do MDB, Otoni de Paula, onde, segundo dizem, teria sido ajustado que o candidato não faria críticas diretas ao ex-presidente Jair Bolsonaro, tampouco indicaria um nome do PT para compor a sua chapa na condição de vice. Otoni de Paula é tido como um bolsonarista.
O conjunto de partidos mais à esquerda do espectro politico que dá sustentação ao seu projeto de reeleição, a exemplo do PT, PDT, PCdoB, PV e Solidariedade reuniram-se recentemente para reivindicarem, em conjunto, a primazia pela indicação da vice na chapa do prefeito, que prefere outros nomes, em razão de uma eventual candidatura ao Governo do Estado nas eleições de 2026. Paes pretende montar uma chapa puro-sangue, nome que será escolhido entre seus auxiliares de estrita confiança. Com essas manobras aliancistas radicais, talvez o prefeito Eduardo Paes evite eventuais surpresas daqui para frente em sua campanha, renovando o contrato de locação do Palácio da Cidade, embora reconheça-se aqui uma estratégia exclusivamente orientada pela correlação de forças em jogo, sem quaisquer constrangimentos ideológico.
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