O PT anda um pouco perdido. Nem mesmo os militantes conseguem mais alguma interlocução com os dirigentes da legenda. Por birra de um dos postulantes, a burocracia do partido aquiesceu e resolveu que não haveria a prévia que antes estava prevista para a decisão soberana sobre quem seria o pré-candidato da legenda à Prefeitura de João Pessoa nas próximas eleições municipais. Assim, como já seria esperado, o GTE - Grupo de Trabalho Eleitoral - no dia de ontem, 26, acabou batendo o martelo em favor da candidatura do deputado estadual Luciano Cartaxo, que já foi prefeito do município por dois mandatos.
Nenhuma surpresa por aqui, uma vez que todas as tessituras e costuras políticas das instâncias burocráticas da legenda sinalizavam neste sentido, contrariando a militância, que, certamente, sufragaria o nome da deputada estadual Cida Ramos que, de forma democrática, republicana e bem aos estilo daquele PT de antigamente, cumpriu todos os ritos que a credenciaria a disputar a prefeitura da capital com o apoio da militância de base.
Cartaxo sai sem esse apoio, ou seja, já começa perdendo as eleições internamente. Situações assim estão sendo observadas em todo o país, numa evidente demonstração de falta de rumo do partido nessas eleições municipais, talvez em razão das dificuldades que se avizinham. Aqui no Recife, depois de Lula ratificar o apoio ao nome de João Campos, do PSB, que concorre à reeleição, independentemente da indicação do vice, a presidente nacional da legenda, Gleisi Hoffmann, ainda insiste em bater na tecla sobre tal possibilidade.
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