pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: Lula convoca os reitores das universidades em greve para uma reunião.
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sexta-feira, 7 de junho de 2024

Editorial: Lula convoca os reitores das universidades em greve para uma reunião.



Hoje estava acompanhando pelas redes sociais que alguns reitores das universidades federais já estão afinando o violino, ajustando a orquestra para uma conversa com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Estão ouvindo professores e servidores administrativos para convergirem sobre uma agenda específica, tratando daquilo que seria essencialmente importante à comunidade acadêmica em todos os sentidos, inclusive para a estudantada, que se encontra com suas aulas interrompidas. 

Difícil dizer se dessa conversa será costurado algum acordo entre as categorias grevistas e o Governo, pondo fim a uma greve com potencial de produzir desgastes políticos e sociais, num segmento profissional que sempre se identificou bastante com os governos petistas, como fica evidente nas imagens acima, de uma outra reunião, bem no início do Governo. O Governo Lula 3 cometeu um equívoco em permitir que não fosse previsto no orçamento algum tipo de recomposição salarial para os servidores públicos civis, principalmente do Executivo, que sempre tiveram uma desprorpoção dos seus salários quando comparados aos servidores dos demais poderes.  

Alguma categorias, caso dos servidores administrativos das IFES, o jejum já atingia 08 anos, o que é inaceitável. Essa injustiça só seria corrigida a longo prazo, mas permitir, por outro lado,  mais um ano sem recomposição disparou o gatilho do movimento grevista. Melhorar os percentuais de benefícios como o vale-alimentação, corrige-se apenas uma discrepância histórica que havia entre os servidores dos Três Poderes. Mérito para o Governo em estabelecer um caminho de negociação que priorize esse sentimento de "ajustes" 

Aqui, no entanto, ainda há de se considerar que os servidores aposentados não serão beneficiados. Agora corre-se atrás do prejuízo, num contexto sensivelmente adverso, com um movimento grevista coeso, um quadro de economia fragilizada e sob a pressão de uma oposição inconsequente, que tanta minar a resistência do Governo, num ano de eleições municipais. Trata-se de uma tempestade perfeita e o morubixaba petista, certamente, pedirá mais um crédito de confiança aos reitores diante dessa quadra difícil, rogando o apoio deles para por fim à paralisação.  

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