pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
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quinta-feira, 23 de junho de 2022

Editorial: Finalmente, saiu a pesquisa do Datafolha



Depois de uma grande expectativa em torno do assunto, cujas razões discutimos por aqui no blog, finalmente saiu a pesquisa do Instituto Datafolha sobre a corrida presidencial de 2022. Nesta nova pesquisa, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT-SP) crava 47% das intenções de voto, enquanto o presidente Jair Bolsonaro aparece com 28%, uma diferença, portanto, de 19 pontos em favor do petista. Numa outra pesquisa anterior do Instituto - marcada igualmente por grandes expectativas - a diferença entre ambos foi de 21 pontos percentuais. 

A rigor, não há diferenças significativas entre esta pesquisa e a anterior, uma vez que os dois pontos percentuais de diferença entre ambos candidatos podem ser creditados, inclusive, na margem de erro do Instituto. O que se coloca é que a pesquisa do Datafolha já teria conseguido captar, pelo menos parcialmente, o humor dos eleitores em relação a algumas adversidades enfrentadas pelo presidente Jair Bolsonaro que, neste momento, encontra-se numa motociata aqui na cidade de Caruaru, Agreste pernambucano, acompanhado pelo candidato ao governo do Estado, Anderson Ferreira(PL-PE), e o candidato ao Senado Gilson Machado Neto, seu ex-ministro do Turismo. No pelotão da terceira via, nenhuma novidade, exceto por um pontinho a mais obtido pelo ex-ministro Ciro Gomes(PDT-CE), que saltou de 7% para 8% das intenções de voto, embora ele não se sinta muito à vontade em se posicionar como de terceira via. 

Nenhuma novidade em relação às expectativas da candidatura da senadora Simone Tebet, que aparece com 2% das intenções de voto, embolada com uma penca de candidatos novos. Na realidade, o que a pesquisa do Instituto Datafolha ratifica é a possibilidade de uma vitória do candidato Luiz Inácio Lula da Silva ainda no primeiro turno das eleições de outubro. Do lado da situação, uma grande apreensão em relação às dificuldades encontradas por Jair Bolsonaro, quando se sabe, concretamente, que o pragmatismo do Centrão não costuma acompanhar candidatos com dificuldades.

Este é um momento crucial da campanha de 2022, uma vez que a assessoria política do presidente Jair Bolsonaro previa uma reação efetiva do candidato, quando os mais otimistas já enxergavam ele à frente do petista nesta fase, como foi o caso de Arthur Lyra, Presidente da Câmara dos Deputados, e Ciro Nogueira, Ministro-Chefe da Casa Civil.   

Editorial: O exemplo de civilidade na política de Rodrigo Pinheiro


Rodrigo Pinheiro(PSDB-PE), apesar de ser do mesmo partido da ex-prefeita Raquel Lyra(PSDB-PE), emite indicadores de que tornou-se um desafeto da ex-prefeita, que disputa o Governo do Estado de Pernambuco nas eleições de 2022. Não raro, a crônica política pernambucana noticia alguma rusga entre eles. Mantemos o devido respeito por ambos e, naturalmente, não compete a este editor emitir algum juizo de valor, tampouco entrar nas nuances desses desentendimentos que, aliás, não são raros. Sugere-se, entretanto, que as indisposições são antigas, antes mesmo de ele assumir o cargo, com o afastamento legal da ex-prefeita. 

Rodrigo Pinheiro tem se notabilizado por uma postura civilizada, republicana, democrática, movida pelo interesse público, que tem surpreendido a muito gente. Durante os festejos juninos da cidade - uma festividade de repercussão nacional e estratégica para a cidade - Rodrigo tem recebido todas as tribos políticas, sem exceção, inclusive adversários da ex-prefeita Raquel Lyra. Como disse antes, uma postura civilizada que tem surpreendido a muita gente, sobretudo num Estado onde o  fazer política pode ser traduzido através dos conhecidos expedientes de retaliações, ao estilo da raposa Agamenon Magalhães, que enfatizava o estilo "Aos amigos tudo. Aos inimigos, os rigores da lei". 

Quem promete uma fuzarca na cidade no dia de hoje são os partidários do presidente Jair Bolsonaro(PL), que visita a cidade ao lado dos correligionários, e pretende realizar, igualmente, uma motociata. Um aviso aos navegantes bolsonarista: fuzarca aqui assume o sinônimo de festa, não se constituindo numa expressão depreciativa. Bolsonaro será acompanhado pelo candidato ao Governo do Estado pelo PL, Anderson Ferreira, e o candidato ao Senado pela legenda, o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado Neto. 

Tenho certeza de que o prefeito Rodrigo Pinheiro receberá Bolsonaro com o mesmo tratamento de qualquer outro concorrente ao Palácio do Planalto. Isso faz parte de uma agenda de conduta política civilizada rara, que, quando bem exercida, loga chama a nossa atenção. Como se sabe, Caruaru é uma cidade estratégica, até mesmo considerando-se o plano político nacional. Trata-se de uma cidade parâmetro no contexto de uma disputa presidencial, daí se entender as visitas dos ilustres candidatos presidenciais à terra do mestre Vitalino. Ademais, come-se ali uma deliciosa "chã de bode" no Alto do Moura.   

Charge! Duke via O Tempo

 


Editorial: Um momento difícil para a reeleição de Jair Bolsonaro.


Hoje, dia 23\06, deverá ser divulgada mais uma pesquisa de intenção de voto do Instituto Datafolha. Esta pesquisa está sendo aguardada com muita expectativa por todos os concorrentes às eleições presidenciais de 2022. Desde Lula, que lidera todas as pesquisas de intenção de voto realizadas até este momento, à candidata do MDB, Simone Tebet, que terá, nesta pesquisa, um parâmetro para entender como o eleitorado estaria reagindo à sua candidatura como alternativa à polarização representada por Lula e Jair Bolsonaro. 

Mas, entre todos os candidatos, é a Jair Bolsonaro(PL) que tal pesquisa deve interessar em particular, uma vez que a mesma está sendo realizada em meio a uma espécie de tempestada perfeita contra projetos de reeleição. Tal pesquisa pode prognosticar a reação do eleitorado em relação aos últimos fatos desagradáveis ocorridos no país, como a morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips; a alta dos combustíveis e dos preços dos alimentos nas gôndolas dos supermercados; assim como a prisão do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro,acusado,pela Polícia Federal, de algumas irregularidades enquanto foi o titular da pasta. 

Segundo alguns analistas, Jair Bolsonaro(PL), diante deste fato, pode ter perdido a sua bala de prata - ou seja, um capital politico tão valorizado por eles - como o de apresentar a credencial de que não haveria corrupção no Governo - em contraposição aos governos da Coalizão Petista. Bolsonaro vinha se recuperando bem nas pesquisas de intenção de voto, criando um ambiente bastante otimista entre partidários e a militância. Havia, inclusive, uma previsão de que ele pudesse ultrapassar Lula neste início de segundo semestre. A sinergia política era bastante positiva, portanto. 

Hoje, o quadro é de um possível abatimento diante de tantos fatos adversos, todos com o potencial explosivo de atrapalhar o seu projeto de reeleição. Seja qual for o resultado dessas eleições, infelizmente, o país já mergulhou numa espiral institucional perigosa, com os constantes assédios a atores e instituições que conduzem o processo democrático.    

quarta-feira, 22 de junho de 2022

Editorial: Lula mantém liderança na pesquisa do PoderData.


Provavelmente amanhã deve sair a pesquisa do Instituto Datafolha, aguardada com grande ansiedade por todos, da mídia, do mercado aos assessores diretos dos candidatos que concorrem às eleições presidenciais de 2022. Curiosamente, a despeito das resistências de alguns, o Datafolha tornou-se uma espécie de "média" entre os institutos de pesquisa. Mas, enquanto não sai a pesquisa do Datafolha, os demais institutos continuam lançando o resultado dos seus levantamentos junto ao eleitorado. 

Hoje, o DataPoder, um instituto relativamente novo no mercado, divulgou mais uma pesquisa de intenção de voto. Nesta pesquisa, Lula abre 10% de diferença em relação ao candidato Jair Bolsonaro no primeiro turno das eleições presidenciais. Lula crava 44%, enquanto Jair Bolsonaro aparece com 34% das intenções de voto. Num eventual segundo turno a diferença entre ambos é significativamente ampliada, ou seja, Lula abre 17 pontos de diferença. Enquanto Lula crava 52%, Jair Bolsonaro aparece com 35%. 

Em mais uma pesquisa, a despeito dos esforços empreendidos, o candidato Ciro Gomes(PDT-CE) mantém-se dentro de seu eleitorado "histórico", aparecendo com 6% das intenções de voto. A terceira via aparece embolada, ainda não emitindo sinais de que conseguirá mudar este cenário, praticamente consolidado. Simone Tebet(MDB-MS), por exemplo, aparece empatada com o candidato Eymael, com 1% das intenções de voto. Em algum momento, embore tente furar o "bloqueio", ela já sugeriu que poderá abdicar de sua candidatura em favor do candidato Luiz Inácio Lula da Silva.

As demais pesquisas não deverão trazer grandes novidades em relação ao cenário apresentado pelo Instituto DataPoder. Uma série de dificuldades estão atrapalhando a recuperação do candidato Jair Bolsonaro, que reagia bem, conforme demonstrava as pesquisas do próprio Instituto DataPoder. A economia não vai bem e isso está se refletindo no humor dos eleitores. Como diria o economista Roberto Campos, a parte mais sensível do ser humano é o bolso. Os eleitores não desmentem essa regra.  

Editorial: Brasileiros e brasileiras: Põe um arco-íris na sua moringa.

 


Hoje, dia 22\06, os brasileiros e brasileiras fãs do cantor pernambucano Paulo Diniz amanheceram mais tristes com a notícia do seu falecimento. Paulo foi um excepcional letrista e tinha um estilo de cantar bastante agradável, daí se entender sua legião de admiradores. Uma de suas composições mais festejadas recebe o título de "Põe um arco-íris na sua moringa', uma música agradável, cheia de otimismo, com o objetivo de embalar manifestações de superação das agruras enfrentadas no nosso cotidiano. 

Isso, naturalmente, numa época menos complicada do que os dias difíceis enfrentados na atualidade. No seu tempo, não existia a Pandemia da Covid-19, que insiste em ficar entre nós, ceifando vidas continuadamente; não pairava sobre nós as dores de cabeça enfrentadas pela Justiça Eleitoral, tendo que, a todo momento, ser questionada a dar satisfações sobre a lisura de suas apurações eleitorais; não existia a ameaça velada do fascismo e do autoritarismo, alimentado pelas hordas de milíciais digitais e grupos paramilitares, bem ao estilo das SS; O recrudescimento de governos de perfil autoritário, sem o menor pudor ambiental, sem alteridade, sem respeito à diversidade. Com todos esses ingredientes, até mesmo o Paulo Diniz concordaria que seria muito difícil colocar um arco-íris na nossa moringa.

"Tudo é válido e inserido no contexto". O quanto de significado essa expressão poderia sugerir, por exemplo, na década de 60 do século passado? Hoje ela remete a outras interpetrações, não necessariamente de corte republicano ou democrático, quando se pensa, por exemplo no uso deliberado das fake news ou da mentira como arma política com o propósito de destruir os adversários; o boiocote aos legítimos processos de apuração dos pleitos; o constante e sistemático assédio aos expedientes e instituições da democracia. Um vale-tudo despudorado. 

O alento, meu caro Paulo Diniz, é que ainda resta um fio de esperança, traduzido, por exemplo, no resultado das eleições do Chile, do México, do Peru, da Guatemala e, mais recentemente, na eleição de Gustavo Petro, na Colombia, país de uma secular tradição conservadora na política. Petro é o primeiro candidato de esquerda democraticamente eleito naquele país. Esteve, durante parte de sua militância política, na clandestinidade dos grupos guerrilheiros.  

terça-feira, 21 de junho de 2022

Editorial: O "Triângulo das Bermudas" eleitoral do Brasil



Aqui em Pernambuco, costuma-se usar a expressão "Triângulo das Bermudas' para se referir a três cidades, de diferentes mesorregiões, que, por sua densidade eleitoral, podem decidir uma eleição majoritária. Nunca havia ouvido falar, até este momento, numa espécie de "Triângulo das Bermundas Nacional", ou seja, um conjunto de três Estados que dão o balisamento da definição de uma eleição presidencial. Isso não se daria pela "densidade eleitoral" desses Estados, como ocorre aqui em Pernambuco, mas por outros fatores, como suas características sociais, econômicas e, por que não dizê-lo, "políticas". 

Essa questão é levantada pelo jornalista Matheus Leitão, da revista Veja, aqui repercutida por este editor, naturalmente, sem a mesma competência daquele articulista. Como seria de se supor, em razão de sua liderança em todas as pesquisas de intenção de voto realizadas até este momento, a performance de Lula nesses Estados é bastante confortável, embora em um deles, o candidato Jair Bolsonaro(PL) possua bons aliados políticos. Em Alagoas, reduto político do adversário, ele deve prestigiar a candidatura do ex-presidente e ex-governador Fernando Collor de Mello, que não aparece nada bem nas primeiras sondagens como candidato ao Governo do Estado.

O mais curioso dessas conclusões, conforme aponta o jornalista Matheus Leitão - baseado em dados das eleições presidenciais anteriores - é que não se trata de um parâmetro ideológico, posto que candidatos de direita ou de esquerda que venceram as últimas eleições presidenciais alcançaram desempenhos semelhantes nesses Estados da Federação: Minas Gerais, Alagoas e Amazonas. Em Minas Gerais, Lula conseguiu, finalmente, fechar um acordo com o PSD do ex- prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, que concorre ao Governo do Estado, reequilibrando a correlação de forças políticas no Estado. 

Em Pernambuco, as cidades que compõem esse denominado "Triângulo das Bermudas", por uma dessas coincidências, apresentam postulantes ao Governo do Estado nas próximas eleições: O ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, do União Brasil; A ex-prefeita de Caruaru, Raquel Lira, do PSDB; e, finalmente, o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, do PL, que sustenta o palanque do presidente Jair Bolsonaro aqui no Estado. Este último, aliás, já está prometendo uma motociata, durante os festejos juninos em Caruaru, com a presença de Jair Bolsonaro.     

Editorial: Eduardo Suplicy dá um "carão" em prócer petista.


Está repercutindo bastante nas redes sociais um vídeo onde o vereador por São Paulo, Eduardo Suplicy(PT-SP), reclama, ao vivo, por não ter sido convidado para o encontro onde se debate o esboço de um programa de governo do Partio dos Trabalhadores. Na realidade, não ter sido convidado é o de menos. Concretamente, o vereador interrrompeu uma fala do ex-ministro da educação, Aloízio Mercadante, salientando a necessidade de colocar a sua obsessão de renda mínima de cidadania no programa do partido. Aliás, para ser mais preciso, no programa do partido ela já se encontra. O que o vereador propôs é que ela fosse considerada no programa de governo do PT.  

O ex-senador apontou que Aloízio Mercadante poderia ter alguma diferença com ele, mas que ele continuaria firme no propósito de fazer de Lula e Alckmin os próximos mandatários do país, alcançando a aprovação de Geraldo Alckmin(PSB-SP) e os aplausos de petistas presentes ao local. Não precisamos repetir aqui que Suplicy é Suplicy, um quadro histórico e qualificado da legenda, que sempre conduziu sua vida pública por uma inarredável coerência e autoridade. Dizem que Lula franziu o semblante, enquanto folheava o documento, mas Alckmin fez questão de apoiar a proposta do agora companheiro de militância. 

Indisposições de atores políticos a parte, o que parece estar em jogo é um dilema ou uma disputa de projetos internos da legenda,ou seja, construir um programa de governo o quanto mais próximo do centro político possível, acenando para os setores mais conservadores da sociedade. Por outro lado, a militância orgânica e histórica não arreda o pé da defesa de uma plataforma de governo que não se afaste um milímetro do atendimentos das demandas das minorias e dos segmentos mais socialmente fregilizados. A droconiana reforma trabalahista originária das políticas neoliberais encontra-se no retrovisor desses militantes. 

O xadrez político das eleições estaduais de 2022 em Pernambuco: A "cangaceira" Marília Arraes sela a paz na terra de Lampião.

 


Se diz que Marília é uma mulher de briga, daí a tratarmos metaforicamente aqui como uma "cangaceira", muito em razão desse seu perfil de "não abrir parada", em seus projetos políticos, se indispondo, até mesmo, com alguns membros do seu núcleo familiar. A outra referência é à sua passagem pela terra do temido cangaceiro Virgulino Ferreira Lampião, onde, curiosamente, ela não foi para a guerra, mas para selar a paz entre grupos políticos desafetos, mas que apoiam seu projeto de candidatura ao Governo do Estado. 

Como disse, foi um encontro marcado por uma série de "simbolismos", a começar pelo título inusitado "Arraiá do Sebá", numa alusão ao organizador, o Deputado Federal Sebastião Oliveira, do Avante, que deixa as hostes da Frente Popular para integrar-se à sua campanha na condição de vice na chapa. Curiosamente tanto na terra de Lampião, Serra Talhada, como em Sagueiro, cidade próxima, as forças do campo progressista alcançaram relativa capilaridade política ao longo do anos. O avô de Marília, Dr. Miguel Arraes, tinha aliados políticos fidedignos na região.  

Em Serra, o PT possui uma forte liderança no Sertão do Pajeú, o ex-prefeito Luciano Duque, arquiinimigo do grupo político liderado por Sebastião Oliveira. A questão que se colocava é como esses grupos políticos poderiam marchar juntos no projeto de Marília Arraes(SD-PE). Pois se deu o entendimento. Marília conseguiu a proesa de selar a paz entre os dois grupos políticos adversários. As retaliações do Palácio do Campos das Princesas vieram de imediato, com o afastamento de todos os nomes indicados por Sebastião Oliveira no Governo do Estado.

Embora tenha sido notada a ausência do seu grupo de prefeitos no evento - quem sabe para evitar retaliações políticas - sabe-se que ele controla uma penca deles, hoje algo em torno de 17. Assim, como uma candidata de perfil metropolitano, Marília Arraes amplia sua capilaridade em regiões importantes e estratégicas para a definião do pleito, como o Sertão. Um outro nome que quase esteve no palanque de Marília foi o do também Deputado Eduardo da Fonte, do Progressistas, que teria recuado após tratativas com o Palácio do Campo das Princesas.    

domingo, 19 de junho de 2022

Editorial: Lula em Pernambuco... no início de julho.




Hoje a candidata do Solidariedade ao Governo do Estado, Marília Arraes, num misto de encontro e arraial político, realizado em Serra Talhada - onde será anunciado o nome do Deputado Federal Sebastião Oliveira, do Avante, para compor sua chapa na condição de vice - exibiu um grande painel onde se sobressai a figura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT-SP), que concorre às eleições presidenciais de 2022. O fato dá a dimensão da encrenca em que Lula está metido no tocante à definição de um palanque aqui no Estado. 

Por ocasião de sua visita ao Estado do Rio Grande do Norte, Lula recebeu o governador Paulo Câmara(PSB-PE) para tratar justamente disso, ou seja, quando ele virá ao Estado para se engajar na campanha do candidato do PSB, Danilo Cabral(PSB-PE). Ficou acertado que em Julho Lula deverá visitar o Estado, em tese, com este propósito, uma vez que assumiu compromissos formais com a legenda socialista, no contexto dos apoios ao seu projeto presidencial. Pelo andar da carruagem político, difícil será convencer a candidata do Solidariedade a aceitar essas formalidades. 

Lula, por sua vez, com a sua larga experiência na política, evita, o quanto pode, entrar em bola dividida. Mesmo com as dificuldades encontradas no campo econômico - que podem ser decisivas para o seu projeto de reeleição, daí se entender a sua indisposição com os aumentos de combustíveis da Petrobras - o presidente Jair Bolsonaro já teria fechado palanques em 23 Estados da federação, enquanto Lula apenas em 15 Estados. Aqui em Pernambuco, por exemplo, o candidato Anderson Ferreira(PL-PE) e Gilson Machado(PL-PE) já aguardam o presidente para ensaiar uns passos de forró em Caruaru. 

A questão do palanque de Lula aqui no Estado tem sido um dos temas mais discutidos dessas eleições estaduais, basicamente por dois motivos: as relações afetivas de Lula com a candidata Marília Arraes, que lidera todas as pesquisas de intenção de voto realizadas até este momento e, a outra razão, seria a real capacidade de Lula em alavancar a candidatura do Deputado Federal Danilo Cabral(PSB-PE) que, até este momento, não enfrenta uma situação muito confortável na disputa. 

Editorial: Que tempos são esses?

A sociedade brasileira, ainda em choque com a ocorrência registrada no Vale do Javari, na região do Amazonas, onde o indigenista pernambucano Bruno Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips foram brutalmente executados - num crime com requintes de crueldades, quando trabalhavam em na defesa dos índios e de suas terras naquela região do país - se depara com mais uma violência contra os indígenas, desta vez perpetrada no Estado de Pernambuco, envolvendo o índio Edvaldo Manoel de Souza,61 anos, da etnia Atikum, segundo os primeitos informes, possivelmente morto em razão das agressões sofridas por agentes do Estado. 

Na região do sertão de Carnaubeira da Penha, há 501 km do Recife, segundo os povos da etnia Atikum, que organizaram um protesto contra o ato, a violência política tornou-se recorrente, a despeito das denúncias já encaminhadas às autoridades competentes. Nesses tempos bicudos vividos pelo país, a expressão "autoridades competentes" tornou-se apenas uma referência linguistica, uma vez que, alguns agentes públicos e instituições, hoje, não se orientam, necessariamente, movidas por espírito público, respeito ao ordenamento jurídico ou guiados por uma agenda republicana.  

Registro aqui, no entanto, as medidas adotadas pelo Governador Paulo Câmara(PSB-PE), que, de imediato adotou todas as ações saneadoras cabíveis neste caso, como a designação de dois delegados especiais da Polícia Civil para apurar os fatos, abertura de investigação sobre a conduta dos agentes públicos envolvidos, no ambito da Polícia Militar e da Corregedoria-Geral de Polícia do Estado, todo o trabalho com o acompanhamento do Ministério Público. É o que ele poderia fazer como Governador do Estado, é o que se esperava dele. 

A besta fera do fascismo parece estar solta neste ambiente político de terra arrasada, com forte influência sobre os agentes públicos e cidadãos comuns, que se sentem acima da lei, do respeito às minorias, conduzidos por um discurso de ódio. Este cenário já seria previsível e tende a agravar-se se não for corajosamente enfrentado. O seu "mecanismo" é perigosíssimo. Na Alemanha pré-nazista há uma cena que evidencia o que afirmamos aqui. Num determinado momento, ocorre um flagrante de crianças alemãs agredindo e atirando pedras contra crianças judias, induzidas pelo "discurso do ódio".  

Charge! Jean Galvão via Folha de São Paulo

 


sábado, 18 de junho de 2022

Editorial: A difícil missão de Lula na Bahia



Como se sabe, Lula enfrenta algumas dificuldades com os palanques regionais. A Bahia é um desses Estados, onde o petista tem uma missão hercúlea, ou seja, transformar o candidato do partido em um candidato competitivo no pleito de outubro. Por enquanto, sua situação é extremamente desfavorável, embora Lula seja o queridinho dos bainos para voltar a ocupar a cadeira do Palácio do Planalto. Conforme já discutimos em outras ocasiões, ali ocorre um fenômeno curioso: Os baianos pretendem devolver o poder ao carlismo - agora representado pelo neto de Antonio Carlos Magalhães, ACM Neto, ex-prefeito de Salvador - e votar em Lula para a Presidência da República. 

Mudar este cenário não será uma tarefa das mais simples, sobretudo porque, matreiramente, ACM Neto(UB-BA) não se compromete com ninguém, deixando o eleitorado do Estado bastante à vontade para fazer suas opções políticas, desde que uma seja a dele. Os petistas vão tentar jogá-lo no colo de Jair Bolsonaro(PL), mas trata-se de uma manobra de resultados duvidosos, uma vez que a raposa é muito esperta. Num passado recente, já chegou a se indispor com correligionários que aceitaram ocupar cargo no Governo do Presidente Jair Bolsonaro. 

Outra alternativa seria angariar os dividendos políticos do prestígio do ex-governador Jaques Wagner(PT-BA), que hoje ocupa um lugar de destaque no staff de campanha de Lula. Este é o arsenal político que a legenda possui para tentar reverter uma situação de desgaste natural, depois de ocupar o Palácio de Ondina por 16 anos consecutivos. Lula deve visitar o Estado no próximo dia 02 de julho, uma data bastante festejado pelos baianos, tida como a verdadeira data de Independência do Brasil, pois foi nesta data que os baianos expulsaram os portugueses do país. 

O candidato do PT é o ex-secretário de Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues(PT-BA), um ator político que não ostenta um grande carisma, mas tem ao seu lado, como candidato ao Senado Federal, o Otto Alencar(PSD-BA), que se notabilizou nacionalmente depois de suas performances durante a CPI da Covid-19. Por enquanto, a desvantagem entre Jerônimo e ACM Neto é enorme. Enquanto Jerônimo não atinge os dois dígitos, o neto de ACM ultrapassa os 60% das intenções de voto. O PT já reverteu situações desfavoráveis em eleições anteriores, mas, neste momento, parece haver uma tendência natural dos baianos em devolverem o Palácio de Ondina aos herdeiros do carlismo. 

sexta-feira, 17 de junho de 2022

Editorial: A elite reacionária brasileira não aceita Lula sem chuchu



É curiosa essa engenharia política brasileira. Ou,mais precisamente, a margem de manobra facultada por nossa elite política e econômica para os setores representativos do campo progressista. Outro dia, aqui no Estado de Pernambuco, um candidato do PCB, em entrevista, afirmou que Lula não seria mais um candidato de esquerda. E não é mesmo. Faz algum tempo que ele deixou de sê-lo. Do contrário, seria inviável ocupar a cadeira do Palácio do Planalto. O próprio Jaques Wagner, um dos seus assessores mais próximo, deixou claro que Lula não faria um governo do PT. 

Hoje, todas as perspectivas de viabilidade eleitoral do candidato indicam que ele deve ampliar seu lastro político junto aos setores mais conservadores da sociedade. Difícil é explicar isso para o "cercadinho", ou seja, para os militantes históricos da legenda. Por alguma razão, o ex-governador Geraldo Alckmin colocou na cabeça que deveria ser simpático a estes setores do partido. Simpático não diria, mas, pelo menos, deveria quebrar a resistência ao seu nome junto a esses setores. Tudo em vão. Ainda ontem, por ocasião se uma visita ao lado do ex-presidente Lula ao Rio Grande do Norte, voltou a ser vaiado pela militância do partido quando o seu nome foi anunciado pelo locutor, causando um inevitável constrangimento. 

Os bombeiros tentaram apagar o incêndio ou minimizar as consequências, mas fica sempre aquela situação desagradável. Paulinho da Força, do Solidariedade, também enfrentou o mesmo constrangimento e ameaçou até mesmo abandonar a aliança com os petistas. Foi preciso muita saliva para fazê-lo desistir da ideia. Não se imagina Geraldo Alckmin voltando atrás na ideia de acompanhar o petista nesta empreitada, mas que é desagradável é. Geraldo passou uma temporada para tomar a decisão de aceitar o convite para ser vice de Lula. Não é possível que ele não tenha colocado essa questão entre as suas conjecturas. 

Geraldo passou a ser cobrado pelos assessores de Lula exatamente para ampliar o cardápio de Lula com chuchu junto aos setores conservadores do eleitorado e eventualmente mais resistentes ao petismo. Quem vaia Geraldo é aquele eleitorado que não deixaria de votar em Lula de jeito nenhum. O lance seria conquistar o voto daquele eleitorado ainda refretário a Lula e, neste sentido, Geraldo Alckmin poderia dar uma grande contribuição.  

O xadrez político das eleições estaduais de 2022 em Pernambuco: Em mais uma pesquisa, Marília Arraes consolida sua liderança na corrida pelo Campo das Princesas.



O Instituto Opinião, de Campina Grande, divulgou, através do Blog do Magno Martins, mais uma pesquisa de intenção de voto sobre as eleições de 2022 no Estado. Os números convergem com os primeiros levantamentos realizados pelo Instituto - com ligeiras variações, mas ainda assim dentro da margem de erro - assim como com os números apresentados por outros órgãos de pesquisa, ou seja, a candidata do Solidariedade, Marília Arraes, lidera com folga a corrida pelo Palácio do Campo das Princesas. O candidato governista, Danilo Cabral(PSB-PE), apesar dos esforços dos últimos dias, não consegue decolar, mantendo-se entre 5% e 8% das intenções de voto, o que o coloca na rabeira da disputa. 

O PSB cometeu uma sucessão de erros durante o governo e na escolha do candidato, o que sugere que estaria pagando o preço pelos equívocos cometidos. O jornalista Magno Martins observou que uma possível mudança do nome do candidato teria sido cogitada, mas as opções que se apresentam ou se tornaram inviáveis, como o do Secretário da Casa Civil, José Neves - que não desencompatibilizou-se do cargo em tempo hábil - ou de difícil viabilidade, como o nome do também Deputado Federal Tadeu Alencar(PSB-PE), por suas relações familiares com os Campos. 

Assim, o PSB encontra-se diante de um difícil dilema, na expectativa de que a participação de Lula na campanha possa reverter essa situação francamente desfavorável nas pesquisas, o que se constitui numa aposta de resultados duvidosos, pois o próprio Lula parece manter uma postura de quem deseja observar a água do mar bater nas pedras para decifrar o que indica a formação das espumas. A rigor, na medida do possível, o candidato Danilo Cabral já vem trabalhando no sentido de associar sua imagem a do ex-presidente Lula, sem grandes resultados no que concerne à transferência de voto.  

Embora as pesquisas apontem, conforme afirmamos no início, para uma certa "estabilidade" nos números, os demais candidatos estão cumprindo o dever de casa, percorrendo o Estado com suas propostas de governo, ouvindo a sociedade civil e propondo soluções para os gargalos que o Estado ostenta, como os altos níveis de empobrecimento de sua população urbana, altas taxas de desemprego, violência urbana, pouco atrativo em termos de investimentos e, mais recentemente, a sua pouca infraestrutura para o enfrentamento de situações limites dos fenômenos climáticos, como esta última enchente, que deixou mais de uma centena de mortos e milhares de desabrigados. 

Raquel Lyra(PSDB-PE), a candidata do PSDB, acena com um programa para o enfrentar o problema da insegurança alimentar no Estado; Anderson Ferreira(PL-PE) defende ferozmente os investimentos do Governo Bolsonaro no Estado e na região, sempre acompanhado do seu candidato ao senado, Gilson Machado. Ambos realizam um verdadeiro périplo pelas microrregiões do Estado. O jovem ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho(UB-PE), cumpre uma agenda de governança, apresentando um programa de governo enxuto,muito bem elaborado, consoante as principais necessidades do Estado. É o que a gente poderia descrever como um jovem gestor de visão ampla, estratégica, ancorado nos bons resultados alcançados por sua gestão na cidade de Petrolina, recohecida pela população do Sertão do São Francisco que credita a ele um amplo apoio, conforme atesta a pesquisa mencionada acima. Decola de lá com mais de 60% de apoio.  

Tornou-se desnecessário apresentar aqui as razões pelas quais a candidata Marília Arraes lidera todas as pesquisas de intenção de voto para o Governo do Estado até este momento. Por mais de um momento, já tratamos deste assunto e isto poderia cansar os leitores. Quem sabe pesquisas qualitativas poderima acrescentar algo novo a este debate, para muito além do seu recall, de sua inserção com setores orgânicos da sociedade dentro e fora do PT - há, inclusive, uma dissidência do partido que já se manifestou no sentido de apoiá-la - ; o DNA do Dr. Arraes junto ao eleitorado interiorano; a sua força na Região Metropolitana; a forma descortez com que ela foi tratada dentro do Partido dos Trabalhadores ao longo de suas pretenções políticas. Se algum leitor ou leitora levantar mais alguma hipótese, este editor gostaria de conhecê-la.     

domingo, 12 de junho de 2022

Editorial: O maior desafio de Simone Tebet



Reconheço que não falo da senadora Simone Tebet (MDB-MS)com aquela isenção que se espera de um cientista político. A questão é que a senadora possui o perfil que se espera de um gestor público e bem que poderia ser testada na condução do Executivo do país, hoje tão carente de nomes adequados para o exercício do cargo. Trata-se de uma identificação com o seu perfil republicano, probo, democrático, dotado de espírito público. A senadora Simone Tebet, como observou o ex-senador Pedro Simon, recentemente em entrevista, vem de uma excelente linhagem política. Simone é filha do ex-senador Ramez Tebet.

No conjunto dos atores políticos que disputam as eleições presidenciais de 2022, o nome dela se sobressai como um dos melhores perfis. Nossa expectativa é a de que, em algum momento, o eleitorado reconheça suas qualidades e aptidões para a disputa. Por enquanto, a julgar pelo andar da carruagem das pesquisas de intenção de voto, ela continua uma ilustre desconhecida do eleitorado brasileiro, apesar de sua brilhante atuação no Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19. 

Simone Tebet, a rigor, poderia estar entrando muito tarde nesta disputa presidencial. Sua missão de tornar-se conhecida do eleitorado brasileiro é hercúlea, quiçá até impossivel até as eleições de outubro. De uma certa forma isso explica a sua alta taxa de "rejeição", conforme observa a pesquisa realizada pelo Instituto Poderdata, divulgada recentemente, onde ela crava de 62% neste quesito, superando todos os demais concorrentes ao cargo. Acima, inclusive, do ex-governador João Dória, que foi desistido da disputa sob o argumento das altas taxas de rejeição junto ao eleitorado.  

Diante desse quadro, suas intenções de voto também não são alvsissareiras, como se poderia prever: apenas 2% do eleitorado manifesta a intenção em votar na candidata. A crônica política está expondo esses indicadores para se contrapor aos argumentos elencados pelos tucanos para rifarem o nome do ex-governador João Dória da disputa presidencial, mesmo depois de ele ter vencido as disputas internas na legenda tucanas, quando da realização das prévias da agremiação.

Segundo os morubixabas emedebistas, seu maior desafio é conquistar o eleitorado. Mostrar que tem viabilidade eleitoral o quanto antes, habilitando-se para quebrar a hegemonia hoje representada pela polarização entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro. As disputas internas da coligação atrasaram o seu start e isso pode ter tido um papel decisivo para a sua candidatura.  

sábado, 11 de junho de 2022

O xadrez político da eleições estaduais de 2022 em Pernambuco: Lula já estaria administrando o conflito de "palanques" políticos em Pernambuco?



A revista Veja desta semana traz uma matéria sobre os arranjos políticos estaduais em torno dos "apoios" da candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva(PT-SP) aqui na região Nordeste, enfatizando os problemas encontrados em três Estados: Ceará, Bahia e Pernambuco. Apesar do franco favoritismo de Lula na região, os candidatos do PT ou da aliança política em torno de sua candidatura presidencial enfrentam algumas dificuldades. Em Pernambuco - o que nos interessa neste momento - tal fato é visível e tem preocupado os caciques das legendas do PT e do PSB, que até encontro já fizeram para tratar deste assunto. Em Pernambuco, PSB tem exigido de Lula apoio exclusivo ao candidato Danilo Cabral(PSB-PE), que continua amargando a rabeira das pesquisas de intenção de voto. 

A expectativa é a de que, ao entrar na campanha, Lula possa reverter este cenário desfavorável aos candidatos da coligação, o que, convenhamos, não é tão simples assim, conforme discutimos em outros momentos. Tanto aqui no Estado quanto na Bahia já existiria uma estratégia montada para enfrentar o favoritismo das candidaturas de ACM Neto(UB-BA) e Marília Arraes(SD-PE). Vão tentar colocar ACM Neto no colo de Jair Bolsonaro(PL) e Marília Arraes será apresentada como uma ingrata, que teria recusado o apoio do PT local - e do próprio Lula - para disputar a vaga de senadora na aliança PT\PSB. Se tal estratégia vai dar certo é uma outra questão. Pelo menos aqui, penso que não irá colar. Será sempre muito mais forte junto ao eleitorado os longos períodos de agruras enfrentados pela ex-petista na agremiação, quando teve vários pleitos negados pela burocracia do partido, mesmo em condição de viabilidade eleitoral. 

À epoca, inclusive, a tal notícia de que Marília Arraes teria tido o sinal verde do PT e do PSB para disputar a vaga de senadora na aliança ficou como uma grande "barriga" produzida ou plantada por um blog local. O próprio prefeito João Campos, do PSB, foi às suas redes sociais para desmentir a notícia. Raposa política cevada no carlismo, ACM Neto, não briga com os fatos. Tem se mantido distante das disputas nacionais. Parece até que a eleição na Bahia não será "casada". A tendência naquele Estado é que o eleitor vote em ACM para o Governo do Estado e Lula para a Presidência da República. 

Em Pernambuco, vítima do efeito "osmose" é arriscado que Lula não cumpra os acordos prévios com os socialistas. Hoje, a crônica política local já antecipou que ele, neste primeiro momento de excursão pela região, tirou o Estado do seu périplo. É possível que esteja esperando a poeira abaixar para se sentir mais à vontade para voltar à terrinha. Especula-se que, neste momento de visita ao Estado, ele visitará a terra de sua família, em Garanhuns, onde serão gravadas cenas para o guia da TV.  

Charge! Via Folha de São Paulo

 


quinta-feira, 9 de junho de 2022

Charge! Laerte via Folha de São Paulo

 


Editorial: A culpa não é dos institutos de pesquisa



Por dever de ofício, temos um grande respeito pelos institutos de pesquisa. Há, aqui e ali, alguns picaretas que surgem no mercado, principalmente nos momentos de eleições, mas esses são exceções. Na realidade, o Brasil possui grandes institutos de pesquisa sérios, idôneos, que se orientam pelos mais rígidos padrões científicos. São institutos consolidados, com vários anos de atuação no currículo. E, até para a nossa surpresa, os novos institutos que passaram atuar no mercado mais recentemente, estão se notabilizando pelos bons trabalhos de pesquisa realizados, a exemplo do Quaest/Genial, do Datapoder e Paraná Pesquisas. 

Aliás, a julgar por tais indicadores, o Brasil passou a ser um mercado bastante concorrido e, possivelmente, igualmente promissor. Até recentemente, surgiram algumas polêmicas em torno do assunto, depois que alguns resultados das pesquisas de intenção de voto, começaram a apresentar alguns resultados divergentes. Enquanto o Datafolha e o Quaest/Genial confirmam o favoritismo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Paraná Pesquisas e o BTG  apresentam um equilíbrio de forças entre os concorrentes, sugerindo, inclusive um empate técnico entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT-SP) e Jair Bolsonaro(PL). Evidente que essas duas últimas pesquisas, as realizadas pelos institutos Paraná Pesquisas e o GERP caíram como uma dádiva na sala de reunião dos assessores políticos do presidente da República. Para o senador Ciro Nogueira, Ministro-Chefe da Casa Civil e o Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lyra, o presidente poderia começar a virar o jogo justamente agora, no mês de junho, como reflexo da recuperação da economia e de outras medidas adotadas, como a implantação do Auxílio Brasil. Recuperação da economia em termos, porque, como se sabe, o único indicador que apresenta alguma melhoria é a ampliação de empregos formais. 

No mais, a inflação ainda continua corroendo o salário dos brasileiros e brasileiras,através de aumentos sistemáticos de itens da cesta básica, como o feijão carioquinha, o óleo de soja, o tomate, entre outros. Como seguro morreu de velho, um regozijo com os números favoráveis e a prudência necessária em relação aos números que indicam o favoritismo do adversário. Assim, o Planalto elaborou um conjunto de medidas visando corrigir os rumos da economia, que é o Calcanhar de Aquiles de qualquer projeto de reeleição. Pensa-se em congelamento de preços, aumento dos valores do Auxílio Brasil, renúncia federal aos impostos dos combustíveis, entre outras medidas, constituindo-se num verdadeiro pacote de bondades, feitas de uma canetada só, embora não seja essa a recomendação do mestre florentino, Nicolau Maquiavel.Bondade se faz em doses homeopáticas, mas, em anos de eleição, tudo é valido.

Um fato desagradável é a decisão do Banco Pactual de tentar dissociar sua imagem dos resultados das pesquisas realizadas pelo Instituto IPESPE, por pressão dos correntistas bolsonaristas que ficaram insatisfeitos com os indicadores do Institutos. Isso é reflexo desse momento de radicalismo que estamos vivendo, onde os níveis de tolerância caíram drasticamente. Apesar de Lula aparecer bem no quesito "honestidade" naquela pesquisa, a associação do PT à corrupção continua alta e isso ainda pode trazer algumas dores de cabeça para o partido nas próximas eleições presidenciais. Simples assim. O antipetismo ainda está ativo.  

    

sábado, 4 de junho de 2022

O xadrez político das eleições estaduais de 2022 em Pernambuco: Danilo Cabral dá o start de sua campanha colado à figura de Lula



No plano nacional, o candidato Luiz Inácio Lula da Silva(PT-SP)enfrenta grandes dificuldades nos arranjos sobre os palanques estaduais. Tem sido uma dor de cabeça para o seu staff de campanha e a tendência, hoje, é que ele siga uma diretriz menos ortodoxa, procurando conciliar na medida do possível. Aqui em Pernambuco, por exemplo, será muito difícil garantir a exclusividade da imagem de Lula, sobretudo se considerarmos que o Solidariedade, que encampa a candidatura de Marília Arraes, é da base de apoio do candidato Lula. Soma-se a isso, o efeito "osmose", uma vez que a candidata lidera todas as pesquisas de intenção de voto realizadas até este momento. Não consigo imaginar Lula aqui na província fazendo campanha contra a ex-companheira de militância. 

Ainda no plano nacional - com seus reflexos na política local - no dia de ontem, 01\05, finalmente, os tucanos parecem ter chegado a um acordo com o MDB com o propósito de apoiar o nome da senadora Simone Tebet(MDB-MS) como candidata da coligação à Presidência da República. Pelo acordo, o PSDB seria cabeça de chapa em três Estados, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Pernambuco. Aqui no Estado, significa que o MDB deve apoiar o nome de Raquel Lyra(PSDB-PE) ao Governo. Até recentemente, o ex-presidente Lula teceu duras críticas ao PSDB, sendo veementemente repelido pos tucanos do bico fino. Lula até pode ter exagerado nas críticas, ao afirmar que o partido acabou, mas, a rigor, o partido anda desencontrado faz algum tempo. Perderam o protagonismo e os rumos. Vão apoiar o nome de Simone Tebet - talvez até indicando o candidato a vice - mas sem aquele "entusiasmo". 

Aloísio Nunes, um dos seus expoentes, já disse que apoiará o candidato Lula ainda no primeiro turno. Começaram ser veiculadas as peças de campanha do candidado da Frente Popular, Danilo Cabral(PSB-PE). Hoje circulou a informação de que o Deputado Estadual Sílvio Costa Filho poderia compor com a Frente Popular, na condição de vice de Danilo Cabral, evitando a sangria da saída dos deputados Sebastião Oliveira, Avante, e Eduardo da Fonte, do Progressistas. Se a Frente Popular conseguir estancar essa sangria, seria de bom alvitre, sobretudo em razão da capilaridade política desses parlamentares. 

As inserções de Danilo Cabral não trazem muitas novidades, uma vez que tenta colar sua imagem ao do ex-governador Eduardo Campos e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Enfatiza sua experiência como Secretário de Educação de Pernambuco, onde o Estado alcançou bons índices de resultados na média de desempenho nacional. Até este momento, a candidatura do candidato da Frente Popular não decola na pesquisas de intenção de voto, o que se constitui numa grande dor de cabeça para socialistas e petistas, que já mantiveram até encontros para tratar deste assunto. 

Como já afirmamos por aqui em outras oportunidades, é necessário conhecer as reais chances de Lula em transferir seus índices de aprovação no Estado para o candidato da Frente Popular. Embora Lula tenha assumido o compromisso velado com tal candidatura - estretégica no contexto da aliança PT\PSB - inclusive já programado algumas visitas ao Estado com esta finalidade, em política há algumas circunstâncias sobre as quais não se tem controle. Na Bahia, por exemplo, acontece um fato curioso. Pelo andar da carruagem política, ACM Neto tornou-se imbatível, enquanto o candidato do PT, Jerônimo Rodrigues, não decola, embora Lula consiga dá um banho nos oponentes naquele Estado. Resultado: ACM Neto, herdeiro do mais legítimo Carlismo, tornou-se "lulista" desde pequenininho.     

sexta-feira, 3 de junho de 2022

Editorial: Vamos a todos os debates presidenciais.



Nos últimos dias, além das verborragias descontroladas - aqui há até o emprego de uma tautologia, com o perdão dos nossos diletos leitores - um tema dominou a sucessão presidencial de 2022: a participação dos candidatos nos debates. Enquanto Jair Bolsonaro(PL) insinua a possibilidade de não participar dos debates do primeiro turno - sugerindo que as perguntas sejam previamente formuladas -, Lula se queixa da quantidade excessiva de debates, sugerindo, igualmente, que não pretende participar de todos eles. 

Este editor não perde por nada esses debates, embora seja realmente difícil acompanhar a todos em tempo real. Por vezes, assisto alguns deles depois, através da plataforma do Youtube. Os debates, hoje, perderam muito em emoção, em virtude das regras adotadas nos seus formatos, impedindo aquele tête-a-tête de outrora entre os oponentes, dos grandes debates entre o impagável Jânio Quadros e o astuto Franco Montoro. Para o bem da democracia, a estratégia ideal seria que todos os candidatos participassem de todos os debates, mas nem sempre esses são os procedimentos recomendados pelos marqueteiros desses candidatos, sobretudo se tais candidaturas estão bem nos índices das pesquisads de intenção de voto. 

Essas exposições públicas podem levá-los a cometerem erros que podem prejudicar suas campanhas, daí que se recomenda as precauções. E, por falar em performance nas pesquisas de intenção de voto, hoje, dia 03\06, saiu mais uma dessas pesquisas do IPESPE, onde os principais candidados permanecem dentro daquelas "expectativas" das séries históricas do Instituto e, por que não dizê-lo, consoante os demais institutos. Ou seja, resumindo, não traz grandes novidades. Lula abre 11 pontos de diferença em relação a Jair Bolsonaro. A "estabilidade" desses números estão preocupando o staff político de campanha do presidente Jair Bolsonaro. 

Especula-se que haveria até uma estratégia definida para que a sua esposa, Michele Bolsonaro, tenha uma participação estratégica na campanha, ao lado do marido, acenando para o eleitorado feminino. Faz sentido. São as mulheres que deverão decidir essas eleições, principalmente porque são maioria entre os eleitores, segundo dados do TSE. Há uma briga renhida pela conquista do coração- e de preferência também dos votos -  dessas mulheres entre os candidatos. O peso do voto desse contingente, avaliam os especialistas, seria mais significativo na definição das eleições do que o voto dos jovens ou dos evangélicos, por exemplo.  

Editorial: Crônica de uma tragédia anunciada.



Até este momento, soma-se 128 mortes provocadas pelas última enchente na cidade do Recife e Região Metropolitana. Trata-se de uma crônica de uma tragédia anunciada,uma vez que, com raras exceções e em proporções menos gigantescas, essas tregédias ocorrem com uma certa frequência na capital pernambucana. Recife tem uma população expressiva residindo em áreas ribeirinhas ou nas encostas de morros, vulneráveis, portanto, aos danos produzidas pelas fortes chuvas. O dinheiro público empregado para resolver esses problemas segue um roteiro macabro: O jornal o Folha de São Paulo, em matéria recente, observou que, do montante de R$980 mi, destinado para a área, apenas 17% de tais recursos foram utilizados no período, ou seja, R$164,6 mi; Esses recursos são empregados, quase sempre, em medidas paliativas, como construção de muros de arrimo, construção de escadarias e colocação de lonas plásticas em áreas de risco; Mais grave: boa parte desses recursos são desviados para outras finalidades ou mesmo para os bolsos de alguns espertinhos, num conluio entre agentes públicos e privados. 

Soluções estruturadoras, como a adoção de políticas habitacionais - com construções de moradias viáveis, em locais seguros e adequados - não são adotadas, ou ações que facultem o escoamento correto das águas das chuvas através das galerias raramente são aplicadas. Falta manutenção permanente nas galerias e nos canais, por vezes, com uma parcela de culpa da população que atira o lixo nesses locais. Na construção dessas moradias, além da segurança do solo para as edificações, também precisa ser respeitado o direito à cidade e às condições de subsistência dessa população.

Infelizmente, estamos no Brasil, onde a nossa elite torpe do Brasil oficial mantém seus tentáculos sobre o poder de Estado, beneficiando-se de suas benesses, tratando o povo com migalhas e soluções paliativas para problemas estruturais, que implicariam em ter sensibilidade e vergonha na cara para enfrentá-los. O Brasil real continua atolado na lama, refém das intempéries e campanhas de solidariedade esporádicas, movidas pela "consciência pesada" da classe média protegida. 

Não faz muito tempo, uma tempestade torrencial atingiu várias cidades da Zona da Mata Pernambucana, causando uma enorme calamidade pública. À época, os estudos técnicos bem conduzidos indicaram a construção de quatro barragens para minimizar a possibilidade de novas ocorrências. Os recursos federais até foram liberados, mas, infelizmente foram desviados para outras finalidades, assim, não necessariamente, republicanas. Sabe-se que nossos homens públicos não tem qualquer pudor quanto aos desvios de recursos, independentemente do que está em questão. Nem durante o momento grave da pandemia provocada pela Covid-19 foi respeitada a dor da população.       

Charge! Mor via Folha de São Paulo

 


quinta-feira, 2 de junho de 2022

Editorial: O "Posto Ipiranga" e a reeleição de Jair Bolsonaro.



 A jornalista Clarissa Oliveira, através de sua coluna da revista Veja, levanta uma questão importante nessas eleições. Numa eventual derrota do projeto de reeleição do presidente Jair Bolsonaro, quem poderia ser responsabilizado? Os méritos da vitória geralmente são solitários, mas as derrotas costumam ter muitos responsáveis. Alguns fatores podem contribuir para uma derrota política - especialmente quando se trata de reconduzir um mandatário para mais um período de governo - mas, a rigor, os cientistas políticos e especialistas no assunto concordam que um fator em particular pode ser decisivo: o desempenho da política econômica. Como diria o cientista político Antonio Lavareda, nenhum governo do mundo está infenso às taxas elevadas de inflação. 

E, neste quesito, nossa quadra é das mais preocupantes, com a carestia de itens básicos da alimentação, elevação dos preços dos combustíveis e das tarifas de enérgia elétrica, a despeito das tempestades que estão caindo no país. Neste caso, as atenções se voltam para o Ministro da Economia, Paulo Guedes, que ficou conhecido como o "Posto Ipiranga". Depois dos efeitos da pandemia e da Guerra na Ucrânia, suas margens de manobra ficaram sensivelmente reduzidas. 

Numa fala mais recente, em encontro no exterior, ele acenou com a possibilidade de conceder um aumento para os servidores públicos federais, uma categoria que amarga anos sem recomposição salarial. Ainda assim, com índices modestos. A ideia inicial seria conceder tais aumentos apenas para os policiais, mas isso gerou uma grita generalizada na categoria, inclusive alimentando alguns iniciativas grevistas. Geralmente, em ano de eleições presidenciais, esses aumentos são concedidos. 

As pressões sobre Paulo Guedes são muitas, sobretudo depois que o presidente Jair Bolsonaro parou de crescer nas pesquisas de intenção de voto e o Auxilio Brasil não produziu os dividendos eleitorais que eram esperados pelo Governo e o Centrão. Nas previsões otimistas do senador Ciro Nogueira, Ministro-chefe da Casa Civil, haveria uma possibilidade concreta - a julgar pela melhoras dos seus índices nas pesquisas de intenção de voto -, de o presidente superar o adversário Lula ainda neste mês. As previsões parecem que não estão se confirmando.    

quarta-feira, 1 de junho de 2022

Editorial: A mau uso do dinheiro do fundo partidário



O fundo partidário pode ter sido criado com a melhor das intenções, mas, o fato concreto, é que temos observado alguns equívocos em relação às suas reais finalidades ou propósitos. Até recentmente, os tucanos torraram milhões de reais para organizarem as prévias que iriam definir o nome do candidato do partido que concorreria às próximas eleições presidenciais. Numa batalha renhida com caciques da legenda - que preferiam o nome do governador gaúcho, Eduardo Leite - João Dória venceria aquelas prévias. Como se sabe, ganhou mas não levou, uma vez que a indiposição de setores do tucanato não o aceitaram de jeito nenhum. 

Aliás, os tucanos estão mais perdidos do que cego em tiroteio. Não sabem o que querem. Mas, vamos deixar esse divã tucano para um outro editorial. Hoje, dia primeiro, eles conseguiram fechar um acordo com os emedebistas. Para apoiar o nome de Simone Tebet(MDB-MS), exigem a cabeça de chapa em três Estados da Federação, incluindo pernambuco. Aqui no Estado eles não teriam problemas. O MDB não tem postulantes.   

O fato concreto é que milhões do dinheiro público do fundo partidário foram disperdiçados sem cumprir a sua finalidade precípua. Teria sido uma prévia de "brincadeirinha", pois tucanos emplumados pretendiam puxar o tapete do João Dória durante a convenção do partido. Agora, é a vez do Presidente Nacional do União Brasil, Luciano Bivar, lançar sua candidatura à Presidência da República, que já vem sendo tratada pela imprensa como uma candidatura fake, dadas as suas reais condições na disputa. Lançada no dia de ontem 31\05, no Centro de Convenções Ulisses Guimarães, em Brasília, a despeito dos problemas técnicos, o evento consumiu milhões do fundo partidário. Aqui em Pernambuco, Luciano ostenta o índice acachapante de 0,3% das intenções de voto. 

Segundo a jornalista Dora Kramer, na Veja, tal candidatura não foi lançada sem algum objetivo, embora a cadeira do Palácio do Planalto seja uma mera miragem para o pretendente do União Brasil. Sem a menor chance, ela, por exemplo, não atrapalha as composições estaduais com outras candidaturas, a exemplo de Miguel Coelho(UB-PE), em Pernambuco e ACM Neto(UB-BA), na Bahia. Miguel ainda está indefinido quando ao apoio presidencial, mas ACM Neto surfa de acordo com a onda e a onda, na Bahia, segue os passos de Lula. Conforme ja discutimos por aqui, é curiosa essa composição do voto baiano. Uma outra motivação, ainda de acordo com a jornalista, seria ampliar a bancada de representantes na Câmara Federal, o que significa, em última análise, ampliar os repasses do fundo partidário. 

Charge! Via Folha de São Paulo