A CPMI dos Atos Antidemocráticos prometia um clima de enterro na manhã de ontem, dia 12, depois de confirmada a ausência da delegada Marilia Alencar, que ocupava um cargo de chefia na Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, subornada, portanto, a Anderson Torres, no período que antecedeu os atos do dia 08 de janeiro, fulcro das investigações da CPMI. O depoimento da delegada seria marcado por muitos simbolismos, tornando-se, portanto, um dos mais importantes para o trabalho daquela comissão, sobretudo porque ela era ligada à área de inteligência da pasta e havia se debruçado sobre um trabalho de mapeamento eleitoral.
Com a decisão do ministro Kassio Nunes Marques, talvez não haja mais tempo para ela ser ouvida em nova audiência. Numa outra postagem aqui no blog, cometamos sobre a repercussçao da decisão do ministro junto aos membros daquela comissão, esticando, ainda mais, a corda das indisposições entre os Três Poderes da República. Durante as intervenções dos parlamentares, dois fatos vieram à tona, capazes de incendiar o ambiente. Um deles diz respeito a um eventual contato de um assessor da relatora, a senadora Eliziane Gama, com o filho do general Gonçalves Dias, o que seria, se confirmado, uma postura não adequada, por razões que saltam aos olhos.
A senadora desmentiu veementemente que tal fato tivesse ocorrido, inclusive lamentando profundamente a exposição do assessor. Um outro fato, este mais cabeludo e fantasioso, diz respeito a um eventual financiamento de um grupo criminoso do Ceará a uma caravana de mobilização, até o Distrito Federal, quando ocorreu a invasão e depredação do patrimônio público, em 08 de janeiro, atingindo dos Três Poderes da República. Naturalmente que se trata de uma narrativa fantasiosa, conforme afirmamos, mas acende as labaredas daqueles parlamentares que buscam cabelo em ovo para incriminar o Governo Lula por omissão e até por conivência.
Nenhum comentário:
Postar um comentário