Possivelmente, não chegaremos a conhecer os pormenores desse acordo de delação premiada celebrado entre os advogados do ex-ajudante de ordens, tenente-coronel Mauro Cid, e a Polícia Federal. O fato é que o militar resolveu colaborar com as autoridades, passando informações importantes sobre alguns dos casos em que está sendo investigado. A expectativa é que, numa nova convocação da CPMI dos Atos Antidemocráticos, ele possa falar, abdicando de suas prerrotagivas constitucionais de se manter em silêncio naquilo que o incrimina - e até naquilo que não o incriminaria - a julgar pelo comportamebto de alguns deles durante as sessões da comissão.
Convidado recentemente à comissão que tem o mesmo objeto, instaurada no Distrito Federal, ele adotou a mesmo estratégia, ou seja, manteve-se em silêncio. Com uma única diferença: desta vez ele informou qual era a sua idade. A CPMI da Câmara dos Deputados retoma seus trabalho no próximo dia 12. Os rumores dão conta de que haveria a perspectiva de que um acordo de delação premiada também seja oferecido ao ex-ajudante de ordens. Difícil antever alguma posicão do militar neste sentido, uma vez que há uma nítida tomada de posição estratégica, ou seja, uma coisa é a comissão, outra coisa é a Polícia Federal.
Por razões óbvias, tal comissão está produzindo algumas faíscas com o estamento militar. A expectativa na caserna é que ela acabe logo, evitando maiores atritos. Aos poucos, a relação entre poder civil e poder militar estão sendo restauradas. Premissa básica num regime democrático.
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