O uso indevido da aeronvave da FAB continua agitando as redes sociais, onde hordas petistas e bolsonaristas se digladiam em torno do assunto. Qual o problema de se usar o jato de forma pouco republicana, quando o jato já foi usado até para o transporte de drogas? Esta é a tese dos petistas para se contraporem aos bolsonaristas. Percebam que o debate não seria por aí. Melhor seria os integrantes do Governo fazerem uma autocrítica em torno do assunto, tomando medidas de ressarcimento ao erário das despesas irregulares e, sobretudo, criando mecanismos mais rigorosos do uso institucional dessas aeronaves.
Quem libera o uso dessas aeronaves? Esses atores não teriam autonomia para vetar tais pedidos, quando tais solicitações estejam fora dos parâmetros regulares, razoáveis e republicanos? Como se libera uma aeronave aos domingos? Exceto, talvez diante de uma situação de calamidade pública, qual seria a razoabilidade de se liberar uma aeronave oficial num domingo a tarde?
Mas, vamos ao assunto do editorial, que trata do ministro Sílvio Costa Filho, dos Portos e Aeroportos. O Deputado Federal foi indicado ao cargo, mas o partido não endossa a sua nomeação, fazendo questão de enfatizar a sua independência da base governista. O mesmo comportamento do PP é seguido pelo Republicanos, partido ao qual o ministro é filiado. A razão dessas nomeações diz respeito, estritamente, às dificuldades da base governista em aprovar projetos do seu interesse. A ideia seria uma cooptção no sentido de contar com o voto desses parlamentares em votações importantes. É quase certo que esses partidos não cedam, sobretudo, em temas polêmicos, inseridos nas pautas de costume. Não seria o Sílvio Costa Filho que iria demover os dirigentes partidários em torno do assunto. É uma situação delicada.
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