Na semana passada, por acasição das mudanças que estavam ocorrendo na
Prefeitura da Cidade de Paulista, que envolvia um rearranjo na
correlação de forças do Executivo e do Legislativo Municipais, abordamos
os graves problemas de desmatamento da
Mata do Frio, um remanescente de mata atlântica bem próximo do perímetro
urbano da cidade. Não cometeríamos nenhum exegero se afirmássemos
tratar-se do pulmão da cidade. O editor do blog viveu bons momentos de
sua infância nessa mata, tomando banho de açude, recolhendo frutas
nativas e jogando uma peladinha no final da tarde. As mudanças no
secretariado do prefeito Júnior Matuto envolvia a indicação do nome do
vereador Fábio Barros para assumir a pasta de Meio Ambiente. Formado em
Biologia, a rigor, é alguém da área, mas, certamente, Matuto não foi
fazer uma busca na plataforma lattes, do CNPq, para indicá-lo.
Certamente, Fábio também não entregou para ele sua agenda de meio
ambiente para o município. Os arranjos políticos, com certeza, não
contemporizaram essas questões. Começa por uma dissidência aberta dentro
do próprio PT, que, oficialmente, não aderiu à gestão Júnior Matuto.
Pelo menos é o que afirma o deputado Sérgio Leite. Já faz algum tempo
que a Mata do Frio vem sofrendo profundas agressões: estradas,
desmatamentos, aterrros, lixões. Agora, po ocasião, da últimas chuvas,
sem retenção, a água arrastou uma grande quantidade de terra para as
estradas, num fenômeno que até as crianças do infantil conhecem muito
bem. Paulista sofre uma profunda crise de representatividade, conforme
advogamos por acasião das últimas eleições. A apatia da população em
participar do debate político que, de fato, interessa, também é
evidente. Na semana passada estava circulando pelas redes sociais um
debate acalorado sobre o "nome" do shopping que se pretente construir na
cidade. Como bem observou um internauta, somente em Paulista acontece
isso.
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