pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Repercutiu nas redes sociais.
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domingo, 7 de abril de 2013

Repercutiu nas redes sociais.


Reportagem de Verônica Falcão, JC, do dia 31.03.2013, traz uma informação preocupante sobre o nosso Gauiamum. O crustáceo, comum nos manguezais, tem o hábito de viver e construir sua toca em espaços terrestres, afastados de um contato mais direto com a água. A princípio, em virtude desse hábito, poderia se concluir, precipitadamente, que ele estaria menos susceptível à poluição dos águas dos rios. As alterações constantes em seu DNA, monitoradas por pesquisadores da UFPE, evidenciaram exatamente o contrário. Pesquisas realizadas com espécies capturadas no estuário do Rio Goiana, Mata Norte do Estado, atingem os maiores índices de alteração: De cada 100 células analisadas, 66,8% apresenta danos. Costumo levar nossos alunos para uma visita à comunidade quilombola de São Lourenço, alí pertinho, que sobrevive da captura de crustáceos, inclusive o Guaiamum. Uma revista de circulação nacional, por ocasião do relançamento das obras do sociólogo Jusué de Castro, escalou duas repórteres para passarem vários dias na comunidade realizando uma matéria sobre os remanescentes do "homem caranguejo". Os alunos tem a oportunidade de conhecer José do Nascimento, o seu Jipe, principal personagem da reportagem. É lamentável, sob todos os aspectos, a agressão aos manguezais. É poluição, desmatamento, surgimento de patologias, captura irregular do crustáceo etc. Para completar o cenário desolador, ainda fala-se na existência de um fungo, que atinge sobretudo o caranguejo uçá, segundo informação obtida através de uma Ong localizada na belíssima reserva indígena de Barra de Camaratuba, já na divisa do estado da Paraíba.
  • Michel DaMatta O que me assusta é que cada vez mais os habitats naturais vem sendo destruídos pela devastação promovida pela ambição dos homens e essa guerra pelo metro de terra que poderá virar "$".
  • José Luiz Silva Nesta área a qual me refiro no texto, em Goiana, na comunidade de São Lourenço, foram devatadas uma enorme área de manguezais para a construção de uma fazenda de criação de camarão em cativeiro, que seria a segunda maior do mundo, de um grade grupo que...Ver mais
  • Michel DaMatta Posso levar ao programa?
  • José Luiz Silva Sim, Michel. À época, houve uma grande mobilização da opinião pública contra a devastação da área que, infelizmente, não foi interompida. Não sei bem explicar os motivos, mas o empreendimento não foi muito bem-sucedido, conforme já expusemos. Questões de ordem técnica, uma vez política e juridicamente eles não tiveram nenhum embaraço. A área é belíssima. Batia uma grande tristeza observar aquela "ferida" em meio ao manancial de mangue.

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