Durante as últimas eleições municipais, criamos um grupo que se
propunha a discutir as propostas dos candidatos para o município de
Paulista. Adicionamos ao grupo desde o cidadão comum, àqueles
atores que teriam um interesse, em tese, mais objetivo de transmitir
aos eleitores as suas propostas, ou seja, vereadores, secretários
municipais, candidatos ao Executivo Municipal etc. Não avançamos muito
nesse sentido, dada a desmobilização da população municipal e,
sobretudo, às práticas já arraigadas de "fazer" política, que não
resiste a um debate mais consistente e consequente. Agora, por ocasião
da mudança dos secretários de Educação e Meio Ambiente - além das
escaramuças e manobras dentro do PT - é interessante observar os
critérios definidos para que este ou aquele cidadão assuma tal
secretaria, todos, indistintamente, visando atender, tão somente, os
componentes políticos. Chegou-se até a falar em currículo, mas apenas
para dourar a pílula. Um professor vai para a Secretaria de Educação e
um biólogo vai para a Secretaria de Meio Ambiente. Faz tempo que
Paulista vem "patinando" nos indicadores do IDEB, entre os municípios
com mais de 200 mil habitantes. Duas gestões socialistas não foram
suficiente para mudar esse quadro. Exatamente por não haver compromisso
com essas mudanças, acomodando pessoas na gestão da máquina apenas para
atender às conveniências de plantão. Na área de meio ambiente, apenas
para ficar num exemplo, acompanha-se a anos, o desmatamento acintoso da
Mata do Frio, uma espécie de pulmão da cidade, juntamente com alguns
outros remanescentes da Mata Atlântica.
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