A
provável candidatura de Eduardo Campos ao Palácio do Planalto, em 2014,
dentro das mesma base governista do Governo Dilma Rousseff, está
proporcionando algumas situações constrangedora para os seus
correligionários. Durante visita ao Estado
da Paraíba, Dilma ouviu do governador Ricardo Coutinho uma posição
favorável a PEC 595, que tira a autonomia do Estado de Pernambuco e
transfere para a União a gestão do Porto de SUAPE, tida como uma
retaliação do Planalto em represária às mivimentações de Eduardo Campos.
Mais recentemente, em Fortaleza, tanto Ricardo quanto Cid Gomes, ambos
do PSB, voltaram a fazer rasgados elogios a Dilma Rousseff, enquanto
Eduardo queixava-se da demora e do teor das medidas anunciadas para o
enfrentamento da estiagem. O caso de Fernando Bezerra Coelho, Ministro
da Integração Nacional, indicado pelo próprio Eduardo, é ainda mais
crítico. Bastante sintonizado com o Planalto, em todos as reuniões
oficiais, como se esperava de um integrante do Governo, cumpre o papel
de elogiar as medidas adotadas por Dilma, que dispensa a ele todo a
sensibilidade de fêmea, bem distante do estilo "sargentona" que, dizem, é
uma caracterísitica de sua personalidade. Com FBC é só ternura. Na
medida em que vem sendo constantemente cortejado pelo Planalto, FBC
amplia sua zona de atritos com o PSB local, inclusive com o próprio
governador, que, ao criticar as medidas contra a estiagem, em tese,
admite a incompetência do seu auxiliar, atirando no próprio pé. A
crônica política no dia de hoje, traz a informação de que FBC estaria
sendo preparado pelo Planalto, com o aval de Lula, para se contrapor a
Eduardo Campos no Estado. As circunstâncias políticas parecem conduzir a
esse desfecho.
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