Por Michel Zaidan
O Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) fêz sua aparição
espectral na televisão, apresentando suas caras "novas" ou "renovadas":
o ex-governador do estado, a filha de Jacilda urquiza, o deputado Raul
Henry etc. O que mais chama atenção é o discurso da "renovação". 0 PMDB
de Pernambuco é como o Pc do B: velho, mas renovado. De acordo com os
desafios da contemporaneidade...dos donos do poder atuais. Este partido,
bem como o antigo PFL, tornaram-se partidos fósseis na cena política
brasileira. Perderam o rumo. Transformaram-se naqueles antigos
mastordontes grandes e sem uma função ou identidade definida, a não ser
negociar apoio ao governo, em troca de cargos, recursos,nomeações.
Disto, uma verdadeira reforma política devia cuidar. Afinal, a causa da
ingovernabilidade nãoé a existência dos pequenos partidos e legendas,
mas o fisiologismo, o clientelismo e (em alguns casos) o corp orativismo
de algumas legendas partidárias.
Consumada a chamada "transição democrática" com o governo Sarney e a Constituição de 1988, o histórico desse grande partido mastordôntico - detentor do maior número de cadeiras no Parlamento e de grande capilaridade municipal - é o da falta de unidade nacional, de comando e de ser ma federação de oligarquias estaduais que utilizam a legenda como querem. Um pedaço faz oposição ao governo; outro pedaço adere fisiologicamente ao governo; e um terceiro pedaço fica em cima do muro, vendo a direção dos ventos. De forma que hoje nós temos uma ala representada pelo vice-presidente da República e seus ministros no governo Dilma; uma ala que faz oposição ao governo Dilma, bem representada pelo o ex-governador de Pernambuco e os omissos e oportunistas de sempre, esperando o momento de tirarem proveito da mudança dos ventos.
Exemplar é o ajustamento de conduta partidário do PMBD de Pernambuco. Tendo se declarado oposição ao governo federal, desde o começo, aderiu ao palanque do governador do estado, logo que este acenou com a possibilidade de abrir um palaque próprio na corrida presidencial. Muita gente deve ter se espantado com a manobra radical do velho partido "autêntico", em apoiar o adversário político dos últimos anos. Deve ser esta a renovação de que fala a propaganda partidária do PMDB: se aliar ao adversário de ontem, contra o adversário federal. Ou leia-se contra o próprio PMBD governista. E a manobra deve ter rendido alguma coisa ao partido: não só o apoio nas eleições municipais de 2012, indicações de nomes na Comissão da Verdade e da Justiça, cargos na Prefeitura do Recife e promessas de apoio político a parlamentares pembedistas nas próximas eleições (talvez, a reeleição do próprio se nador).
É nisto em que consiste o "novo", o "renovado" o "autêntico" PMDB: um partido desfigurado à serviço de interesses e ambições paroquiais de chefes políticos regionais. Em Pernambuco, a aliança preferencial do partido tem sido com legendas de centro-direita, PPS, DEM, PSDB, PV. Uma verdadeira sopa de letrinhas que não signfica nada. Uns funcionam com linha auxiliar de outros. O próprio PSDB não passa de um instrumento na mão do seu presidente regional, tal como o PMDB o é nas mãos do ex-governador do estado. O ex-PPS faz o jogo do ex-governador e agora marcha a passos largos para apoiar a candidatura do primeiro mandatário do estado a Presidencia da República. E o DEM encontra-se em estado terminal. Sobreviverá se apoiar a candidatura ou de Aércio Neves ou de Eduardo Campos.
Só falta caracterizar a postura do "novíssimo" PSB. Que partido é esse? - Poderá ele dizer - como seu aliado da hora - que tem a mesma história e a mesma cara, ao longo de tantos anos?. Durante muito tempo, o partido de João Manguabeira e Evaristo de Moraes gravitou em torno do Partido Comunista Brasileiro. Era uma agremiação de intelectuais que tinham escrúpulos de aceitar o estalinismo do velho PCB. Com a crise ideológica do socialismo real, o "novo" PSB ficou em disponibilidade ideológica e passou a gravitarem torno do PT, de quem foi aliado muitos anos. Pelo visto, a transformação pragmática do PT, liberou outra vez o PSB para assumir novos compromissos partidários. Só que dessa vez com partidos de centro, centro-direita, partidos religiosos, de adesistas de última hora, pós-pós-pós tudo. É com essa trinca de legendas, mais do que de partidos, que o governador pretende afirmar a nova i dentidade do PSB. A cara do nosso "Maquiavel de aldeia", o nosso socialista, sem socialismo; o nosso republicano, sem república; o nosso nacionalista, sem nação.
Consumada a chamada "transição democrática" com o governo Sarney e a Constituição de 1988, o histórico desse grande partido mastordôntico - detentor do maior número de cadeiras no Parlamento e de grande capilaridade municipal - é o da falta de unidade nacional, de comando e de ser ma federação de oligarquias estaduais que utilizam a legenda como querem. Um pedaço faz oposição ao governo; outro pedaço adere fisiologicamente ao governo; e um terceiro pedaço fica em cima do muro, vendo a direção dos ventos. De forma que hoje nós temos uma ala representada pelo vice-presidente da República e seus ministros no governo Dilma; uma ala que faz oposição ao governo Dilma, bem representada pelo o ex-governador de Pernambuco e os omissos e oportunistas de sempre, esperando o momento de tirarem proveito da mudança dos ventos.
Exemplar é o ajustamento de conduta partidário do PMBD de Pernambuco. Tendo se declarado oposição ao governo federal, desde o começo, aderiu ao palanque do governador do estado, logo que este acenou com a possibilidade de abrir um palaque próprio na corrida presidencial. Muita gente deve ter se espantado com a manobra radical do velho partido "autêntico", em apoiar o adversário político dos últimos anos. Deve ser esta a renovação de que fala a propaganda partidária do PMDB: se aliar ao adversário de ontem, contra o adversário federal. Ou leia-se contra o próprio PMBD governista. E a manobra deve ter rendido alguma coisa ao partido: não só o apoio nas eleições municipais de 2012, indicações de nomes na Comissão da Verdade e da Justiça, cargos na Prefeitura do Recife e promessas de apoio político a parlamentares pembedistas nas próximas eleições (talvez, a reeleição do próprio se nador).
É nisto em que consiste o "novo", o "renovado" o "autêntico" PMDB: um partido desfigurado à serviço de interesses e ambições paroquiais de chefes políticos regionais. Em Pernambuco, a aliança preferencial do partido tem sido com legendas de centro-direita, PPS, DEM, PSDB, PV. Uma verdadeira sopa de letrinhas que não signfica nada. Uns funcionam com linha auxiliar de outros. O próprio PSDB não passa de um instrumento na mão do seu presidente regional, tal como o PMDB o é nas mãos do ex-governador do estado. O ex-PPS faz o jogo do ex-governador e agora marcha a passos largos para apoiar a candidatura do primeiro mandatário do estado a Presidencia da República. E o DEM encontra-se em estado terminal. Sobreviverá se apoiar a candidatura ou de Aércio Neves ou de Eduardo Campos.
Só falta caracterizar a postura do "novíssimo" PSB. Que partido é esse? - Poderá ele dizer - como seu aliado da hora - que tem a mesma história e a mesma cara, ao longo de tantos anos?. Durante muito tempo, o partido de João Manguabeira e Evaristo de Moraes gravitou em torno do Partido Comunista Brasileiro. Era uma agremiação de intelectuais que tinham escrúpulos de aceitar o estalinismo do velho PCB. Com a crise ideológica do socialismo real, o "novo" PSB ficou em disponibilidade ideológica e passou a gravitarem torno do PT, de quem foi aliado muitos anos. Pelo visto, a transformação pragmática do PT, liberou outra vez o PSB para assumir novos compromissos partidários. Só que dessa vez com partidos de centro, centro-direita, partidos religiosos, de adesistas de última hora, pós-pós-pós tudo. É com essa trinca de legendas, mais do que de partidos, que o governador pretende afirmar a nova i dentidade do PSB. A cara do nosso "Maquiavel de aldeia", o nosso socialista, sem socialismo; o nosso republicano, sem república; o nosso nacionalista, sem nação.
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