Tem sido
cada dia mais complicado fazer uma clivagem ideológica das tribos
políticas de Brasília. Agora mesmo, por ocasião da fundação do partido Mobiliação Democrática - uma fusão do PPS e PMN - juntaram-se aos
pós-comunistas os senadores do grupo
autêntico do PDT, entre os quais Cristovam Buarque e Pedro Taques, o
touro indomável. Voltou-se a especular, inclusive, sobre a possibilidade
do senador pernambucano compor a chapa de Eduardo na condição de vice,
embora ele mesmo admita que não soma muito. Melhor seria, como sugere,
encontrar um nome de São Paulo, Rio Janeiro ou Rio Grande dos Sul. No
caso específico de Cristovam e Taques pode-se argumentar suas
dificuldades de convivência com os pupilos comandados por Lupi no PDT. O
preocupante é esse alinhamento conservador em torno da candidatura de
Eduardo Campos. O Ciro Gomes, sem papas na língua, já questionou se ele
iria pela direita, não sem alguma propriedade, basta dar uma olhada na
lista de presença dos comes e bebes oferecidos ao governador pelas suas andanças na capital federal. O partido PSB já havia
se tornado num partido catch all, sobretudo depois que Eduardo passou a
manter essa idéia fixa de ser presidente da República. Agora, o seu
líder maior, é que anda pegando as sobras dos descontentes com a gestão
de Dilma Rousseff, sem a mínima preocupação com as suas credenciais
ideológicas.
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