pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: O ESCÂNDALO SUAPEGATE.
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quarta-feira, 10 de abril de 2013

O ESCÂNDALO SUAPEGATE.


Quanto foi anunciada a invasão de um dos escritórios do Edifício Watergate, exatamente onde funcionava o comitê do Partido Democrata dos Estados Unidos, logo tentaram abafar o caso, argumentando-se que se tratava de um roubo comum, o que não convenceu dois jovens repórteres do Washington Post, que, no final, conseguiram produzir uma das mais brilhantes peças de jornalismo investigativo de que se tem notícia, culminando com a renúncia do presidente repúblicano, Richard Nixon. A investigação da ABIN sobre os portuários de SUAPE, se os ânimos não serenarem entre Paulinho da Força Sindical e o Planalto, tende a tomar rumos inusitados. Na realidade, conforme já informamos antecipadamente, em outra postagem, acompanhar as movimentações sindicais, informando sobre eventuais paralisações, está dentro do escopo das atividades rotineiras do órgão. O que há de ingrediente novo nesse episódio, além, é claro, de saber como isso vazou para a imprensa, é a relação de proximidade de Paulinho da Força Sindical(PDT) com o governador Eduardo Campos, e as intensas movimentações deste último, indicando concretamente a possibilidade de uma candidatura presidencial em 2014, o que poderia suscitar um monitoramente mais efetivo dos seus passos pelo Planalto. Para completar o enredo, nada mais infeliz do que as declarações do Ministro Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, a quem a ABIN está subordinada, General José Elito, afirmando que "tudo o que o órgão faz é pela presidente", o que, numa leitura republicana, constitui-se num grave equívoco, trazendo alguns embaraços para o Planalto. Um dos equívocos de Nixon foi exatamente o ter usado a estrutura do aparato de segurança do Estado em favor do seu projeto de reeleição. Cometeu outros equívocos - como a utilização de um caixa-dois e as confidências no Salão Oval da Casa Branca, gravadas em fitas, que a justiça norte-americana tiveram acesso, mas, confundir República com interesses de governantes de turno, certamente, teve um peso substantivo em seu pedido de renúncia, antes que ocorresse o impeachment. Evidente que Dilma Rousseff não pediu para o aparato de segurança do Estado seguir os passos do governador pernambucano, mas, declarações como a do general Elito comprometem o nosso arremedo de república.

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