Não quero ser um desmancha prazares, mas por essas e outras é que se
entende porque nossa cidade de Paulista encontra-se patinando em
indicadores sociais e envolta em picuinhas políticas que
não levam a lugar nenhum. A grande discussão na cidade é a instalação
de um shopping center nas proximidades das ruínas da antiga Companhia de
Tecidos Paulista. Até aqui tudo bem, não fosse o teor desse intenso
debate: o nome do shopping. Nenhum outro tipo de discussão, inclsuive o
estético. O shopping vai funcionar próximo às chaminés da antiga fábrica
de tecidos, tombadas como patrimônio. O cenário vai ficar muito
semelhante aos casarões tombados do Recife, onde, por traz, foram
erguidos grandes espigões que acabaram transformando esses casarões em
apenas salões de festa, absolutamente descaracterizados. Outro grande
debate é sobre a herança da familia Lundgren naquela cidade, onde
alguns ingênuos apenas enxergam os aspectos positivos, considerando que o
nome do shopping até mesmo possa fazer uma homenagem à família. Assim não dá. Embora seja uma área particular, se houvesse interesse da prefeitura, aquela área poderia ser transformada , por exemplo, numa área de lazer, sobretudo se considerarmos a carência de equipamentos públicos com essa finalidade na cidade. A praça do centro é uma área espremida por edificações, algo concedibo, parece-nos, sem um planejamento mais consistente. O que vai ficar realmente esquisito é a construção de um shopping, aliado a um patrimônio preservado, sem guardar entre si qualquer harmonização ambiental.
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