Há quem afirme que Serra não teria coragem de
sair do ninho tucano, mas, por outro lado, ele se sente bastante
incomodado na agremiação e estão avançadas as negocições sobre uma
eventual migração sua para uma outra legenda, possivelmente o PPS,
numa articulação com o PMN, o que garantiria os mandatos de quem o
acompanhasse. Como já afirmamos em outro momento, ele se encontra
bastante fragilizado na máquina partidária tucana, onde grãos-tucanos
manobram constantemente para viabilizar o nome de Aécio Neves o que,
neste caso específico, significa isolar o paulista, uma vez que inexiste
a possilidade de abertura de um diálogo entre ambos. As inimizades
entre Serra e os Neves remontam ao falecido presidente eleito, Tancredo
Neves, que não suportava. Conhecedor dos problemas de enfrentar uma
campanha presidencial cindido no seu maior colégio eleitoral, Aécio
Neves o procurou para tentar selar um acordo. Parece ter sido em vão.
Logo em seguida, outro senador do ninho tucano, o paraibano Cássio Cunha
Lima, desabafou, afirmando que Serra criara um grande constrangimento
na agremiação. Serra parece-nos solenimento decidido a largar os
compnaheiros de bico, mas, o que se presume é que gostaria de fazê-lo em
grande estilo, de preferência causando um enorme estrago na agremiação,
levando consiga uma revoada de aves emplumadas. O fato é que tucanos de
bom senso, na última hora, não se sentiram muito a vontade em embarcar
na canoa serrista. Nem o seu mais fiel escudeiro, o senador Aloísio
Nunes, demonstrou muito entusiasmo com a proposta. Se Serra sair do
ninho tucano levará apenas a roupa do couro e a promessa de que Eduardo
Campos, sem muito esforço, poderia eleger deputado o pós-comunista
Roberto Freire, pelo Estado de Pernambuco, algo que vem sendo especulado
pela imprensa, reeditando as velhas práticas dos currais eleitorais.
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