pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Campanha errada, na hora errada, contra o candidato errado.
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sábado, 13 de abril de 2013

Campanha errada, na hora errada, contra o candidato errado.

Por Carlos Chagas


                                               Falta experiência política  a  Dilma Rousseff e, pelo jeito e pela primeira vez,  os conselhos do Lula deixaram de dar certo. Porque não era hora de   botar a procissão na rua, a  um ano e sete meses da eleição. Melhor faria  se estivesse cuidando  da performance de seu governo, com menos viagens pelo país e mais planejamento em Brasília para enfrentar questões prementes como a alta do custo de vida, o retorno da inflação  e a seca no Nordeste.  Menos para ser vista, mais para ser respeitada em 2013,  a presidente desperdiça um ano de trabalho.  Sem esquecer que toda campanha desgasta e aumenta o percentual de atritos, política e até fisicamente para quem já passou dos 60 anos. Por conta da antecipação Dilma mudou para pior alguns ministérios,   reforçou o PMDB já inflado e cedeu à chantagem do PR e do PDT,  reabilitando líderes antes postos para fora do governo sob acusações de corrupção. Precisará avançar mais nesse pântano partidário, trocando a importância de promover reformas legais pela necessidade de atender grupos inconfiáveis, em se tratando do apoio à reeleição.
                                               Ainda  mais porque a deflagração antecipada  da campanha deveu-se ao aparecimento de um candidato de mentirinha, Eduardo Campos, que aproveita a temporada para sedimentar o futuro, em 2018. Faz muita fumaça mas não queima ninguém.
                                               Acresce que nem todas as peças encontram-se dispostas no tabuleiro. Adiantará, para Dilma, sabotar o governador de Pernambuco, se o verdadeiro adversário for Aécio Neves? E se Marina Silva surpreender? O que fará o PT caso algum pequeno partido convença Joaquim Barbosa a aceitar seu lançamento?   São todas equações incompletas, enquanto a presidente desgasta-se na dupla função de candidata e de chefe do governo, sabendo que todo mundo está de olho numa presumida escorregadela antes do tempo. Até porque, existem os maldosos que supõem haver o Lula estimulado a  prematura apresentação  da sucessora para não fechar a janela para o seu retorno antecipado.

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