Acompanhar os trabalhos do Legislativo contribuem enormente para aprofundarmos nossos conhecimentos em alguns temas; formar uma perspectiva acerca da conjuntura política do país e, em nosso caso em particular, aferir a temperatura ou o humor entre Governo e Oposição. Audiências públicas e CPI's passaram a integrar a nossa agenda diária com mais frequência. Foi exatamente no acompanhamento desses trabalhos que chegamos à conclusão de que o período de tolerância que a Oposição havia dado ao Governo, depois de onze meses, havia chegado ao fim. Estimulada pelo seu líder maior, Jair Bolsonaro, que deu o start, eles entenderam que havia chegado o momento de colocar a faca nos dentes contra o Governo Lula.
Isso significa que o Governo terá um final de ano complicado e um início de ano legislativo, em 2024, ainda mais difícil. Cessão de cargos na máquina, liberação de emendas - um velho receituário de outros tempos - já não produzem os mesmos efeitos. O cara assume o ministério e isso não segnifica que os parlamentares do seu partido votem a favor do Governo, em projetos importantes, como a Reforma Tributária, onde o Governo, por muito pouco, não enfrentou um revés. Agora existe uma emenda Pix, que torna o Legislativo bem mais independente do Poder Executivo para a liberação de verbas. No Legislativo mesmo eles se arranjam e mandam a conta para o Governo ou, mais precisamente, para a viúva.
O bloco de oposição já está nas ruas para as eleições de 2024 e a Oposição surfa num momento delicado vivido pelo Governo Lula. Principalmente nas grandes capitais do país, os nomes do bolsonarismo que disputarão os cargos de prefeitos já estão praticamente definidos, conforme o infográfico públicado aqui pelo blog a partir de matéria do jornal O Globo. No dia de ontem, o Diretório Executivo do PL do Ceará sinalizou pela homologação do nome do Deputado Federal André Fernandes(PL-CE). Concretamente, à exceção de São Paulo, outros nomes governistas que disputarão as prefeituras de capitais nas eleições de 2024 são ilustres desconhecidos. A Oposição larga na frente.
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