Não temos bola de cristal, mas, ao longo dos anos de batente, a experiência vai nos facultando a possibilidade de antecipar cenários, como o da vitória de Javier Milei à Presidência da Argentina. A postagem foi uma pouco acanhada, porque, na realidade, apesar de conhecer as dificuldades do peronista Sérgio Massa, este era, digamos assim, o menos pior entre as opções apresentadas ao eleitorado daquele país andino. Por outro lado, para quem acompanha o blog com regularidade, são inegáveis a nossa identificação com o conjunto de forças progressistas, seja por lá, seja por aqui. No final e ao cabo, torcíamos por Massa. A sua derrota nas eleições argentinas, em última análise, produz seus reflexos de arrefecimento no conjunto das forças do campo progressista na região.
Javier Milei, como bem definiu um chargista, com charge publicaca por aqui, é um tiro no pé. A extrema-direita está em estado de graça. Pelas redes sociais, os bolsonaristas de todos os quadrantes estão festejando a vitória do compatriota argentino e fazendo previsões animadoras sobre as nossas eleições presisdenciai de 2026, assim como as eleições presidenciais americanas, previstas para 2024. Por razões, naturalmente, muito óbvias. Donald Trump por lá e Jair Bolsonaro por aqui. O entusiasmo é tão grande que eles esqueceram que o capitão se tornou inelegível.
Javier Milei fez promessas mirabolantes durante a campanha, como a de tirar a Argentina do caos econômico em que se encontra, transformado-a numa grende potência. No desespero, as pessoas acreditam em tudo. Funciona como uma bóia atirada a um náufrago. Foi um pouco dentro deste espírito que ele desenvolveu sua plataforma de campanha, que se sagrou vitoriosa nas urnas no dia de ontem.
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