Não bastassem as questões relacionadas às incertas e temerárias articulações políticas, a questão da meta fiscal pode trazer problemas gigantescos para a gestão do terceiro Governo Lula. Como assinala a coluna do jornalista Cláudio Humberto, no dia de hoje, no limite, pode estrangular o Governo, impondo-se restrições de implementação de políticas públicas, proibição de concessão de reajustes aos servidores, além de impedir novas contratações. Legal e constitucionalmente existe, até mesmo, a possibilidade de um eventual pedido de impeachment.
E olha que o Governo já tem um concurso em andamento. Os líderes dos Poder Legislativo, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira já se pronunciaram sobre a necessidade de se acompanhar a Ministro Fernando Haddad na cruzada para fechar essa conta. A receita é simples, conforme ensinava a economista Tânia Bacelar: Tente gastar mais do que arrecada e você logo saberá o que significa déficit público. O indivíduo entra numa parafuseira financeira sem volta. Pede empréstimo - se ainda tiver crédito-; paga juros altos, comprometendo ainda mais o salário; refinancia o próprio empréstimo e aí não tem mais retorno.
A economista levantava essa questão há muito anos atrás, durante uma palestra na Fundação Joaquim Nabuco, mas a premissa é a mesma e continua perene. Vinculada à UFPE, a economista trabalhou durante muitos anos na SUDENE e hoje assessora o Consórcio Nordeste, salvo melhor juízo. Numa entrevista recente, quando indagado sobre o assunto da meta fiscal, o presidente Lula desconversou. Não seria possível que Haddad tivesse feito a proposta sem antes ter combinado com o morubixaba petista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário