Em diálogos pouco republicanos, isso era tratado com a maior naturalidade. O tempo passou, o Mensalão aposentou uma safra de políticos, mas os métodos parecem que não mudaram desde então, independentemente do mandatário de turno. O desvio de recursos públicos ignora solenemente essa conversa de ideologias, coisa para debates acadêmicos ou conversas de intelectuais, quando dos encontros nos botequins. Mesmo num contexto político onde ocupam o poder forças do campo progressista, os "constrangimentos" são impostos do mesmo jeito, sob os auspícios do presidencialismo de coalisão, sob pena de produzirmos, no limite, mais uma crise de governabilidade.
Até recentemente, um integrante do ministério do Governo Lula foi denunciado por utilizar os recursos das emendas parlamentares para pavimetar estradas que permitiam o acesso a suas fazendas. O presidente não demitiu o sujeito, para evitar uma crise com o partido que o havia indicado. Pois bem. Agora surge uma possibilidade de o dito cujo está, mais uma vez, desviando recursos das emendas para favorecer seus negócios pessoais, conforme suspeita a Polícia Federal, que está investigando o caso. Por enquanto, estamos no campo das suspeitas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário