O chamado "cinturão paulista' é uma zona eleitoral que, desde algum tempo, está no radar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Logo após a ressaca política produzida pelo escândalo do mensalão, quando lideranças de proa da legenda petista foram defenestradas do cenário político e da condição de sucessores "naturais" do morubixaba, Lula ponderou sobre a necessidade de juntar os cacos do capital político que ainda restava ao partido, com novas lideranças - que tratávamos por aqui à época de "menudos" - no escopo de atuação numa zona leitoral preferencial, o chamado cinturão paulista, que reúne, além da capital, um conjunto de cidades com mais de um milhão de eleitores.
Este "cinturão paulista" é fundamental em qualquer estratégia presidencial. Esta foi, inclusive, uma das primeiras preocupações do ex-governador Eduardo Campos, anos atrás, ao iniciar seu períplo rumo ao Palácio do Planalto. Como se sabe, Eduardo Campos morreu prematuramente num acidente de avião. Um desses "menudos" bem-sucedidos é o atual Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apontado como um dos possíveis sucessores de Lula. Apesar das rusgas produzidas pelas divergências concernentes à meta fiscal, a escolha de tal cinturão como prioridade entre as estratégias para as eleições municipais de 2024, pode indicar a tendência de escolha do nome de Fernando Haddad como o "ungido".
O PT criou um grupo de trabalho para se dedicar às próximas eleições municipais, comandado pelo senador Humberto Costa. Por enquanto, ainda estão afinando o violino. Neste sentido, conforme afirmamos antes, o PL sai na frente, no escopo de uma estratégia que prevê a eleição de mil prefeitos pelo país afora. Há um ano das eleições, ainda são escassas as pesquisas de intenção de voto, exceto em São Paulo, onde o candidato do PSOL, Guilherme Boulos lidera a corrida pelo Edifícil Matarazzo. Em todo caso, pelo infográfico publicado pelo jornal O Globo, os candidatos do PL nas capitais já estão com a faca entre os dentes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário