Ontem comentávamos por aqui que, embora haja um grande esforço diplomático, a guerra no Oriente Médio continua em escala crescente. Existe a estimativa de que, pelos menos, dez mil civis já foram mortos no conflito, sobretudo atingidos pelos bombadeios do Estado de Israel, na Faixa de Gaza. Não há critério huminitário por aqui. Hospitais, escolas, universidades e até ambulâncias são atingidos pelos bombadeios. Há indícios de que, por razões de segurança, o estado judeu pretende voltar a ocupar aquela área, mesmo depois de um eventual cessar-fogo. Por suas posições diplomáticas em favor da autoridade palestina - e não de grupos terroristas - o Governo Lula enfrenta, no momento, uma indisposição com o governo de Israel, que, supostamente por retaliação, estaria criando dificuldades para a repatrição de brasileiros que se encontram na zona de conflito.
Agora pouco surgiu a notícia de que a Polícia Federal teria prendido alguns supostos membros do grupo radical Hezbollah, que - também supostamente, para não nos comprometermos com fake news - estariam se preparando para perpetrar atentados contra judeus residentes no Brasil. Naturalmente satisfeito com a operação, o Ministro da Justiça, Flávio Dino, teria exultado que a nossa inteligência é melhor do que o Mossad, o famoso serviço secreto israelense. Um pouco exagerada e, se, de fato, o minitro fez tal declaração, igualmente infeliz, sobretudo nesses momentos de ranhuras diplomáticas entre os dois países.
Na realidade, a operação da Polícia Federal brasileira contou com a colaboração dos serviços de inteligência de Israel e Americano. Israel e EUA sempre estabeleceram parcerias efetivas no campo da inteligência. É bastante preocupante o fato de o Mossad ter concluído que tais atos terroristas estariam sendo preparados, pelo mesmo grupo, em diversos países. Não é nada improvável. Infelizmente.
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