No dia de ontem, líamos uma matéria onde havia uma referência a parlamentares da base aliada que estariam acompanhando as manobras da Oposição contra o Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. No dia de hoje, 18, uma nova informação dando conta de que pelo menos onze parlamentares da chamada base aliada estariam acompanhando a Oposição num pedido de impeachment contra o Ministro dos Direitos Humanos, Sílvio Almeida. Preocupa este momento delicado que o país atravessa, marcado por uma evidente instabilidade institucional. Trava-se uma verdadeira queda de braços entre Governo e Oposição. Ilustres representantes da extrema-direita admitem abertamente a intenção de criar embaraços institucionais para o Governo Lula. O pedido de impeachment contra Sílvio Almeida diz respeito às famosas audiências concedidas à "dama do tráfico", no Ministério da Justiça. As passagens foram emitidas pelo Ministério dos Direitos Humanos.
Até comissões de parlamentares - financiadas com dinheiro público - estão organizando caravanas para ir ao exterior com o objetivo de denunciar as "graves" violações de direitos que estão acorrendo no país. Por vezes eles erram o endereço da ONU e, mais recentemente, um deles ocupou um espaço institucional da organização, cedido sabe-se lá em que condições, fora da agenda oficial do órgão, e andou alardeando em suas redes sociais que havia falado na ONU. Como é comum, caprichou na verborragia, cometendo excessos que podem até mesmo ser interpelados judicialmente pelas autoridades do Governo.
O Governo Lula tem um sério problema com essa sua base aliada. Com uma agenda apertada, Lula não consegue despachar com os seus 38 ministros, dentro de uma rotina administrativa adequada. Por outro lado, com raras exceções, os parlamentares também não conseguem agenda com os ministros do Governo. De fato, não existe boas intenções da Oposição com o Governo. Mas quem sabe se um bom diálogo não poderia contribuir para minimizar essas zonas de desconforto? Sílvio Almeida é uma âncora moral do Governo Lula. São nomes que não podem sair, sob pena de descaracterizar o Governo.
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