Quando o Programa Bolsa-Família foi lançado, gerou muitas polêmicas.
Todos os "ismos" foram invocados para criticar o Programa. Pontualmente,
algumas questões foram postas, como a "dependência"
desse contingente beneficiado - em número cada vez mais expressivo - do
Estado. Haveria, portanto, a necessidade de se criarem mecanismos de
facilitassem a migração desse grupo para uma situação de geração de
renda, inserção produtiva, autonomia. Em relação às exigências das
famílias manterem os filhos na escola, por exemplo, os críticos sugeriam
que fossem cobrados, igualmente, bom desempenho. Os anos se passaram e
agora o Programa apresenta seus resultados, contribuindo para tirar
milhões de brasileiros da situação de extrema pobreza, transferir renda,
inserir-se no contexto de política regional - sua atuação é maior em
regiões como o Norte e Nordeste - e, para surpresa de muita gente, a
gurizado não apenas continuou seus estudos, como também melhorou seu
aproveitamente em relação aos não assistidos pelo Programa. Essas
críticas contribuíram para que o Programa fosse aperfeiçoado ao longo
dos anos, como uma preocupação com a geração de renda, capacitação
profissional, acesso ao crédito etc. O que ninguém poderia prevê -
lembro-me que quando Patrus Ananias falava sobre o assunto era taxado de
ingênuo - é que, expontaneamente, as pessoas que ultrapasassem os
limites de renda exigido para continuarem no programa pedissem para
sair. Os dados do Governo apontam que 1.600,000 pessoas pediram
desligamento do Programa. Entusiasta do Programa, para mim, esse fato
não deixa de se constituir como uma grata surpresa.
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