pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Sob pressão, para onde vai o ministro FBC?
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sexta-feira, 10 de maio de 2013

Sob pressão, para onde vai o ministro FBC?

Paulo Emílio_PE247 - O interesse do ministro da Integração Nacional (PSB) em disputar o Governo de Pernambuco  já lhe teria rendido convites para  ingressar em outras legendas.  As primeiras especulações apontavam que o PT, desejoso por enfraquecer os planos nacionais do governador Eduardo Campos (PSB), estaria disposto a apoiar a postulação do ministro dsede que ele abandone a sigla socialista. Neste ponto, ele poderia ir para o próprio PT, o PMDB ,o PSD do ex-prefeito de  Gilberto Kassab, ou ainda o PP. Mas caso venha a se desfilar do PSB, Bezerra enfrentaria problemas em qualquer das legendas visadas. Para o PSB, porém, o ministro está firme junto ao partido e o burburinho em torno da sua saída é mera especulação.  
A sinalização para a saída de FBC da legenda socialista, teria partido  próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo uma fonte do jornal Folha de Pernambuco, FBC teria participado de uma reunião com Lula, na última quarta-feira, em Brasília, onde este teria garantido o apoio do PT em torno da sua candidatura.  Ainda segundo o jornal, Lula teria assinalado que esperava que Eduardo saísse candidato apenas em 2018, quando teria o seu apoio.
 “Eduardo queria ser candidato a presidente com o apoio de Lula, mas isso não vai ocorrer. Fernando Bezerra Coelho queria ser candidato a governador com apoio de Eduardo, mas isso também não vai ocorrer. Mas o ministro será candidato com o apoio de Lula”, teria dito a fonte. Caso a situação se confirme, FBC seria praticamente empurrado para o PMDB, uma vez que setores do PT possuem uma série de reservas quanto ao seu nome.
Mas mesmo contando com um possível empurrão de Lula e da presidente Dilma Rousseff (PT), o ingresso do ministro no PMDB é visto como um possível foco de problemas. “O PMDB pernambucano é majoritariamente inclinado a apoiar a candidatura de Eduardo. O fim da verticalização partidária, onde pode haver palanques estaduais não alinhados com o posicionamento nacional do partido, permite esta possibilidade. Resta saber se o PMDB vai promover uma intervenção no diretório estadual ou mudar o estatuto, proibindo alianças desalinhadas da direção nacional, somente por conta de Pernambuco? Se fizer intervenção, também terá que fazer na Bahia e no Mato Grosso, por exemplo, onde em nível estadual o PMDB também não tem interesse em apoiar o palanque do PT”, analisa em reserva um peemedebista. Neste caso, haveria uma briga jurídica que acabaria por minar as chances de FBC concorrer ao palácio do Campo das Princesas pelo PMDB.
Uma outra alternativa oferecida ao ministro seria ingressar nos quadro do PSD. Neste  ponto, o presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab, que tem interesse em ampliar com candidaturas competitivas a sua esfera de influência, já teria colocado o partido disposição de FBC. Apesar do presidente estadual do partido, André de Paula, já ter manifestado que a legenda pretende apoiar uma possível candidatura socialista, Bezerra conta com a pressão da executiva nacional e também por parte do PT para reverter esta posição.
Restaria o PP, cujo presidente em Pernambuco, deputado federal Eduardo da Fonte, já afirmou que o partido irá “reivindicar espaço na chapa majoritária”, independente do campo político que venha a apoiar. Nas últimas eleições, o PP integrou a Frente Popular de Pernambuco, aliança de partidos encabeçada pelo PSB de Eduardo Campos.  Apesar de possuir a quinta maior bancada da Câmara Federal – atrás do PT, PMDB, PSDB e PSD – o PP não possui grande expressão em nível estadual, o que poderia ser um empecilho aos planos de FBC frente a outros potenciais pré-candidatos.
Assim como Bezerra, o senador Armando Monteiro (PTB) é outro que espera ser o ungido por Campos para sucedê-lo.  Caso ele não conte com o apoio do PSB, deverá tentar um voo solo rumo ao Palácio do Campos das Princesas. Por outro lado, o vice-governador, João Lyra Neto (PDT), também estaria negociando o seu ingresso na legenda socialista, o que torna ainda mais complicada a possibilidade que FBC saia do partido sem ter um palanque forte para apoiá-lo no pleito eleitoral.
Apesar das movimentações e dos rumores, FBC tem afirmado que permanecerá integrado aos quadros do PSB . Para a cúpula da legenda, as especulações em torno da saída do ministro visando concorrer ao Governo do Estado por outro partido é algo que parece fora de cogitação. “O Fernando goza de total confiança dentro do PSB. Ele sempre demonstrou lealdade e está plenamente integrado ao PSB. Não temos razão para acreditar neste tipo de burburinho”, diz o líder do PSB na Câmara e um dos principais interlocutores de Campos no Congresso, deputado Beto Albuquerque.

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