Ciro Gomes parace mesmo disposto a sabatinar o governador de
Pernambuco, Eduardo Campos, sobre o seu projeto de candidatar-se à
Presidência da República em 2014. Qual, afinal, a motivação do ex-governador
cearense ao dirigir suas críticas a Eduardo Campos? Seria apenas o
ressentimento de ter sido preterido do mesmo projeto quando Dilma
Rousseff, como ele mesmo afirma, era apenas uma ilustre desconhecida?
Pouco importa. O fato é que, apesar de representarem apenas dois votos
na Executiva Nacional do PSB, os irmãos Ferreira Gomes vem provocando
uma dor de cabeça para a legenda. Ambos estão numa saia justíssima. Cid
está comprometido até o pescoço com o Planalto. Não apenas com o
Planalto. Uma mudança de posição, neste momento, também provocaria um
desarranjo em sua base de sustentação política no Ceará. A alternativa
de mudança de legenda já foi aventada - Cid chegou a conversar com
Kassab - mas ambos já reafirmaram que pretendem continuar no PSB. Com
uma verve ácida, uma espécie de Carlos Lacerda cearense, desta vez, Ciro
voltou ao melho estilo Ciro, afirmando que o PT e o PMDB realizam um
banquete fisiológico, onde o PSB come acocorado, debaixo da mesa, sem
emitir opinião sobre o tempero, mas come, o que constitui-se uma
contradição uma candidatura própria. Ciro deseja que Eduardo responda
por quê e para quê é candidato. Como ele mesmo já afirmou, essa história
de "fazer mais" é coisa de marqueteiro. De qual marqueteiro? Pelo
visto, de ambos, uma vez que Dilma passou a usar "posso fazer muito
mais", num jogo de retórica, que nos leva a concluir que o cearense
tenha mesmo razão.
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