Política é sempre assim. Depois de observarmos bastante as nuvens, elas
vão apresentando os seus contornos, criando formas. Faz algum tempo que
o governador da Bahia, Jaques Wagner(PT),
teria mantido alguns encontros com o governador de Pernambuco, Eduardo
Campos. Muita coisa se especulou sobre o que eles teriam conversado.
Agora, em entrevista concedida ao jornal Brasil 247, Wagner disseca o
teor dessas conversas. O baiano "aconselhou" Eduardo Campos a construir
uma alternativa "por dentro" da base de sustentação de Dilma Rousseff,
engajando-se em seu projeto de reeleição, esperando sua vez para 2018,
onde poderia contar com o apoio do PT. Eduardo desdenhou e,pelo andar de
sua carruagem política, Wagner está cada vez mais convencido de que sua
candidatura é um caminho sem volta. A candidatura de Eduardo Campos
precisa transpor aquilo que chamamos de triângulo das bermudas, onde um
dos obstáculos seria superar essa polarização entre PT e PSDB, criando
uma terceira via. Caciques petistas estão convencidos de que ele não
conseguirá transpor essa barreira. Essa tese passou a ser repetida como
um mantra entre os petistas. O primeiro a utilizá-la foi o governador do
Rio Grande do Sul, Tarso Genro. Depois, veio o Presidente Nacional da
Legenda, Rui Falcão. Agora, o governador da Bahia, Jaques Wagner, bate
na mesma tecla. Além de possível coordenador da campanha de reeleição de
Dilma Rousseff, Wagner se coloca entre as alternativas do PT para 2018.
Eduardo Campos deve ter sentido o cheiro de armação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário