Já comentamos aqui em outros momentos, que a presidente Dilma Rousseff
nunca foi muito feliz na sua articulação com o Legislativo. Não gosta
desse meio de campo político nem indicou pessoas com
capacidade suficiente para tocar essa bola. O resultado não poderia ser
outro. Agora, por ocasião da votação da Medida Provisória dos Portos,
as relações entre PT e PMDB ficaram profundamente arranhadas. Para
complatar o enredo, o vice-presidente Michel Temer reuniu a tropa para
tentar aparar as arestas e Dilma não compareceu. Não suportaria a idéia
de esbarrar com o líder da agremiação, Eduardo Cunha, que vem dando
muita dor de cabeça ao Planalto. Seu gesto foi muito mal interpretado.
Acharam pouco? Alguns petistas passaram a defender a proposta de uma
chapa puro-sangue para as eleições de 2014, afastando a vice de Temer,
como uma medida retaliadora. Trata-se de uma proposta indecente, no
contexto das correlações de força em jogo, sobretudo se considerarmos o
poder de fogo do PMDB. Para evitar maiores dores de cabeça, melhor seria
convencer o senador Lindberg Farias a desistir de seu projeto de
candidatar-se ao Governo do Rio de Janeiro. Sérgio Cabral já avisou que,
nessa hipótese, apoiaria o nome do senador Aécio Neves.
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