Cúpula do PT avalia que ainda é
possível trazer o governador pernambucano Eduardo Campos de volta ao
projeto de reeleição da presidente Dilma Rousseff; acordo envolve
convite para que presidente do PSB seja o candidato da aliança em 2018 e
para que o senador Rodrigo Rollemberg (PSB/DF) assuma um ministério,
provavelmente o do Turismo; encontro entre Campos e Dilma hoje mostrou
forte sintonia entre os dois
247 - A tabelinha entre a presidente
Dilma Rousseff e o governador pernambucano Eduardo Campos, que resultou
num gol na inauguração da Arena Pernambuco nesta segunda-feira, pode ser
o prenúncio de uma jogada maior, articulada pelo técnico da base
aliada, Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo a cúpula do PT, Lula ainda
acredita no retorno de Campos ao projeto dilmista, como na fábula do
filho pródigo, que à casa torna. Mas o ex-presidente sabe que, no jogo
pré-eleitoral de 2013, mais do que qualquer outro jogador, o governador
pernambucano soube valorizar seu passe.
A articulação é relativamente simples. Em 2018, como foi
proposto pelo governador baiano Jaques Wagner, Campos seria o candidato à
presidência da República da base aliada – ideia que tem apoio também de
outro governador petista, que é Marcelo Déda, de Sergipe. Para
demonstrar que o compromisso do PT com o PSB é pra valer, seria
oferecido também um ministério ao aliado: no caso, o Turismo, que
ficaria com o senador Rodrigo Rollemberg (PSB/DF), ex-secretário de
Turismo do Distrito Federal, na administração petista de Cristovam
Buarque.
Com esse movimento, Lula mataria dois coelhos com uma
cajadada só. Traria Campos de volta ao campo dilmista e promoveria a
reconciliação entre Rollemberg e o governador Agnelo Queiroz, do PT, que
também se fortaleceu, em Brasília, depois da inauguração do Mané
Garrincha.
É uma jogada ousada, que ainda não tem o aval da
presidente Dilma, mas o fato é que as portas do Palácio do Planalto
estão abertas para a eventual volta de Eduardo Campos.
(Publicado originalmente no PE 247)
Nenhum comentário:
Postar um comentário