A que preço foi a aprovada a Medida Provisória dos Portos. Quantas
agressões, desgastes e fragilização da base apoio do Governo Dilma no
Legislativo. A fissura parece-nos irreversível. Os deputados
aliados reclamaram bastante do tratamento que estão recebendo do
Planalto. Numa votação tumultuada e apertada - apesar da folga dos
deputados da base - alguns deles foram reconvocadas às pressas, quando
já tinham se recolhido às suas residências ou restaurantes de Brasília,
"ressacados" pelo processo. A presidente Dilma Rousseff sempre
demonstrou muita inabilidade nesse jogo político. Não fosse isso
suficiente, escolheu alguns assessores para a área de articulação que
também não foram bem-sucedidos na missão de harmonizar as relações do
Planalto com o Legislativo. Com a antecipação do processo eleitoral de
2014, Lula voltou a conversar com ela sobre o assunto, pedindo, em vão,
que ela reavaliasse sua relação com as centrais sindicais e com o
Legislativo. O primarismo foi de uma tal ordem que um dos principais
defenssores do Governo, o deputado Anthony Garotinho, foi entregue às
traças, enquanto o governo negociava com o rebelde Eduardo Cunha, do
PMDB. A Medida dos Portos passou pelas duas instâncias do Legislativo,
mas a um preço muito alto para o Governo da presisdente Dilma Rousseff. Renan, que aparece sorrindo na foto, subiu na cotação de Dilma Rousseff por ter aprovado a emenda celeremente, mas mereceu duras críticas de Jarbas Vasconcelos pela conduação da votação, conforme entrevista publicada aqui mesmo no blog.
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