Não se pode dizer que o governador Eduardo Campos tenha passado um
"osso" - como se dizia na nossa época de peladeiro - para a presidente
Dilma Rousseff, ontem, durante a inauguração da Arena da Copa.
A bola saiu "redondinha" para ela marcar seu gol de placa no Ministro
Aldo Rebelo. Quem esteve dividida, no dia de hoje, sobre o episódio, foi
a crônica política nacional. Alguns advogam que o tratamento entre
ambos foi meramente protocolar, formal, sem o açúcar de outras épocas.
Dilma , que tradicionalmente costumava almoçar na residência do
governador, no Bairro de Dois Irmãos, saboreando iguarias da gastronomia
pernambucana, optou por um self-service modesto com os funcionários da
Arena da Copa. Ficaram no passado as orgias gastronômicas com as paletas de cordeiro e os camarões na moranga. Observou-se, então, inclusive com algumas fotos do
fotógrafo do Jornal do Commércio, um distanciamento entre o governador, o
ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, e a
presidente Dilma Rousseff, pelas razões conhecidas. Outros cronistas,
por sua vez, admitem um clima de distensioamento na relação entre ambos,
ou, para usar uma linguagem futebolística, um "entrosamento". Liderada
por Lula, estaria em jogo uma articulação no sentido de trazer Eduardo
Campos de volta para o projeto de reeleição de Dilma Rousseff, mimando o
PSB com mais um ministério na Esplanada e a duvidosa promessa de que
ele poderia ser o candidato a presidente da base aliada em 2018, como já
sugeriu o governador da Bahia, Jaques Wagner. Com escaramuças muito bem urdidas, aos poucos, po Planalto vai minando a resistência do pernambucano.
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