Já perdi a conta dos Estados da federação onde a aliança entre PT e
PMDB está ameaçada. Pernambuco é um dos Estados que estão sendo citados,
mas os problemas da legenda na província, como admite os próprios caciques
do partido, é mais fácil de ser contornado do que em outras praças,
como Rio e Maranhão, por exemplo. Aqui, Jarbas sempre foi muito
independente e, caso seja confirmada a candidatura de Eduardo Campos, o
seu grupo deve apoiá-la. Tiveram o cuidado de, antes, deixar a cúpula da
legenda muito à vontade para costurar uma candidatura própria,
possivelmente o prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio. O posicionamento do
PT local sobre esses rearranjos é uma incógnita, mas isso não chega a
ser uma novidade. Não tem quadros, não tem tesão e anda a reboque dos
humores e conveniências do governador Eduardo Campos. Na quadra
nacional, hoje, se o partido viesse a se reunir para deliberar sobre o
assunto, a aliança seria rompida. Temer tem se esforçado bastante para
contornar os problemas, mas não está fácil cicratizar as feridas abertas
entre as duas legendas. Houve muita inabilidade do Governo no trato de
algumas questões relativas à medida dos Portos e isso deixou sequelas.
Assim, com a licença poética do poema do Carlos Drumond de Andrade,
Garotinho que não amava Eduardo Cunha, Eduardo Cunha que não amava Ideli
Salvatti, Ideli Salvatti que não amava ninguém. Eduardo Cunha abriu um
cisma difícil de ser contornado. Conta com apoiadores e vem peitando
seus desafetos na legenda e no Governo.
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