Na província, no aconchego do ninho socialista, entre vereadores e
lideranças do partido, o governador Eduardo Campos criticou o Bolsa
Família, verdadeira vitrine do acerto das políticas de inclusão social
do Partido dos Trabalhadores. As críticas dirigidas ao programa
convergem para grandes obviedades e tautologias, como a necessidade de
políticas estruturadoras que indiquem a porta da saída do programa. Ou,
para usar um termo mais preciso, políticas sociais de 3ª geração. Todas
essas questões são do conhecimento do Governo e, mesmo que
incipientemente, começam a ganhar esboço de políticas públicas, como uma
preocupação com a formação técnica desse contingente, políticas de
concessão de créditos para a abertura de pequenos negócios etc.
Intencionalmente, dependendo de quem o observe, há muitos vieses em
relação ao Bolsa Família. Vieses ou, no íntimo, um pouco de má vontade.
Em artigo recente publicado na revista Carta Capital, o Cientista
Político Marcos Coimbra, afirmou que a elite brasileira não gosta dele. A
elite intelectual, então, em dois dedos de prosa, não resiste em soltar
seus cachorros em relação ao Programa, hoje copiado por países pobres e
ricos e, certamente, o maior programa de transferência de renda do
mundo, capaz de erradicar milhões de braisileiros da extrema pobreza.
Outro equívoco foi afirmar que as possoas ficariam reféns do Programa.
1.600 mil pessoas "pediram para sair" expontaneamente, numa atitude que
prova que o povo brasileiro é gente boa. Apesar de herdar o DNA do avô, o
governadador de Pernambuco parece passar por um processo de
tucanização. Muito cuidado, governador. O povo tem a dimensão exata do
que significa esse Programa. Esse seu discurso, afinal, é dirigido a
quem? a elite brasileira? aos empresários? aos acadêmicos envernizados
nas universidades americanas que voltam ao país com nojo da "inhaca"?
Duvido muito que o seu avô, Dr. Miguel Arraes, de saudosa memória, se
colocasse contra um programa dessa natureza.
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