pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: A greve de fome do pastor Silas Malafaia
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quinta-feira, 15 de junho de 2023

Editorial: A greve de fome do pastor Silas Malafaia



Por vezes, surgem algumas indisposições entre o pastor Silas Malafaia e o ex-presidente Jair Bolsonaro. Nada que não possa ser superado logo em seguida, quando os ânimos estão mais serenados entre ambos. São questões pontuais, portanto. No geral, podemos tratar aqui de uma relação de amizade estável, sendo o pastor um dos principais suportes do ex-presidente no segmento do eleitorado evangélico. Existem inúmeras ações na justiça correndo contra Jair Bolsonaro, algumas delas no STE, que deve decidir por uma delas no próximo dia 22, terça-feira, um dia quente, pois nesse dia também teremos encontro da CPMI dos Atos Golpistas de 08 de janeiro. Não deixa de produzir seus simbolismos. 

Dependendo do desfecho do julgamento, o presidente pode tornar-se inelegível para as próximas eleições. Em termos das forças conservodoras, mais particularmente do PL, do ponto de vista estritamente eleitoral, as coisas podem se arrumar, pois existem alguns nomes se preparando para a contenda, não necessariamente com prejuízos descomunais para a família Bolsonaro, que deverá contribuir com o processo eleitoral, mesmo em tais cricunstâncias, na condição de cabo eleitoral, negociando algum espaço.  

Mas, do ponto de vista afetivo, aqui a coisa se complica um pouco, porque o pastor Silas Malafaia veio a público para informar que, caso o ex-presidente torne-se inelegível, ele irá fazer uma greve de fome em protesto. Não admitirá, em nenhuma hipótese, que o ex-presidente seja impedido de participar do processo eleitoral. Assim como a gente só enxerga aquilo que a nossa cognição cerebral permite, conforme alertava, no dia de ontem, em audiência pública na CPI do MST, o professor José Geraldo de Souza, quando tomamos alguma decisão, o fazemos a partir de um cálculo. Nossa impressão é a de que o pastor Silas Malafaia calculou mal, uma vez que a probabilidade de o ex-presidente tornar-se inelegível é bastante alta.   

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